Minha escolha, minha profissão

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Eu no momento professora acompanhada de uma das alunas da 2ª turma de Hidrogestante na Academia Noctiluca SJC




segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Doula você sabe o que significa?

Fonte - Eleonora Moraes - Projeto Despertar (11/8/2004)


DOULA – Uma nova luz no nascimento

Certamente você nunca ouviu falar em doula. Ainda não presente nos dicionários da maioria dos brasileiros, a palavra “doula” vem do grego e significa “mulher que serve”, sendo hoje utilizada para referir-se às Acompanhantes de Parto -mulheres com experiência no nascimento que dão suporte físico, informativo e emocional a outras mulheres antes, durante e após o nascimento.

Antigamente o nascimento humano era marcado pela presença experiente das mulheres da família: irmãs mais velhas, tias, mães e avós acompanhavam, instruíam e apoiavam a parturiente e recém mãe durante todo o trabalho de parto, o próprio parto e os cuidados com o recém-nascido.

E hoje que cenário temos? Os partos acontecem em ambiente hospitalar e rodeado por especialistas: o médico obstetra, a enfermeira, o pediatra... cada qual com sua especialidade e preocupação técnica pertinente. O cuidado com o bem estar físico e emocional da parturiente acabou ficando perdido em meio ao ambiente impessoal dos hospitais, tendendo a aumentar o medo, a dor e a ansiedade daquela que está dando a luz. A doula veio justamente para preencher esta lacuna, suprindo a demanda de emoção e afeto neste momento de intensa importância e vulnerabilidade.

Assim, a doula está presente no parto a fim de diminuir a dor, a tensão e o desconforto ajudando a parturiente a comunicar-se com a equipe médica, entender os complicados termos e procedimentos hospitalares, encontrar posições mais confortáveis, propondo medidas naturais e simples que ajudam a minimizar a dor, como banhos, massagens, relaxamento e técnicas de respiração.

A descoberta da função das doulas deu-se acidentalmente na década de 70, quando dois médicos norte-americanos, J. Kennel e M. Klaus, realizavam uma pesquisa sobre o vínculo entre mãe e recém-nascido logo após o parto e perceberam que os partos mais fáceis e com menos complicações tinham em comum a presença da observadora da pesquisa, uma menina chamada Wendy, que também dava atenção, fazia carinho e segurava a mão das parturientes.

Atualmente, muitas pesquisas apontam que a atuação da doula no parto pode diminuir em 50% as taxas de cesáreas, diminuir em 20% a duração do trabalho de parto, diminuir em 40% o uso de fórceps e em 60% o uso de anestesia, além de promover significativamente o vínculo entre mãe e bebê.

A doula chega ao cenário do nascimento apenas para somar. Não substitui qualquer profissional da área médica (não realiza exames, não questiona decisões) e não substitui o marido ou o acompanhante de escolha da parturiente. Veio a fim de auxiliar na conquista de um parto seguro e gratificante, sendo assim um elo de ligação e uma nova luz entre a mulher, sua família e a equipe que a assiste.


Em SJCampos temos uma profissional que oferece este serviço de doula, conheça mais o seu trabalho pelo site www.mmcare.com.br, vale a pena!!!

Interessante - Por que a dor do parto?

Fonte - Eleonora Moraes - Projeto Despertar (6/1/2004)

Parir dói e isso é fato. A propaganda da “horrível e insuportável” dor do parto é por demais divulgada pela mídia. Recheia os dramas televisivos e os cinemas, está presente nas bocas de mulheres e homens (até dos que não passaram pela experiência) como a maior dor que o homem possa sentir na face da terra e assim assombra futuras parturientes, que seguindo o modelo dos seus astros televisivos, fogem sem pestanejar para uma medida enganosamente mais segura e menos dolorida chamada cesárea.

Mas porque parir dói? Porque o parto não é indolor ou até mesmo prazeroso já que visa a procriação da espécie? A natureza seria cruel em maltratar as mulheres em momento tão sublime?

A dor do parto tem funções extremamente importantes na hora do parto. Ela mostra o caminho a ser percorrido pelo corpo durante o processo. Ensina em que melhor posição ficar, qual o momento de fazer força, nos ensina instintivamente o que fazer para facilitar o processo fisiológico do nascimento do bebê.



É uma dor muito sábia. Vem e vai a cada contração, como as ondas do mar, oferecendo um tempo abençoado para respirar e para descansar até o próximo mergulho. Aos poucos a maré sobe e as ondas crescem, ficam imensas e precisamos da humildade da entrega, de oferecer corpo e alma à prova máxima da natureza humana. É um processo intenso, primitivo, dolorido e às vezes difícil, mas que pode ser uma oportunidade única de intenso contato com nós mesmas, com o mistério da vida e com o pequeno ser que vem ao mundo naquele momento. É preciso apenas um certo autopreparo, apoio, carinho e compreensão de quem assiste a parturiente para que a dor não se transforme em sofrimento e o corpo e a mente não se debatam em cada onda, afogando-se no meio do caminho.

A dor do parto nos traz para o presente de forma intensa e talvez seja esta a sua principal função. Coloca corpo, alma, hormônios e sentidos a postos no momento mais sublime e mágico da vida humana. Prontos e vitoriosos, eles irmanam-se fortalecendo a recém-mãe, numa forma preciosa de dar as boas vindas ao novo ser que chega ao mundo através de seus braços.