Minha escolha, minha profissão

Minha escolha, minha profissão
Powered By Blogger

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Complementando a matéria anterior, outra de peso!!!!

Fonte - Site folha de SP (equilibrio e saúde)
Publicade por - IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO em11/09/2012

'Estamos criando analfabetos motores', afirma educador físico

Crianças brasileiras das classes média e alta estão mal preparadas para o esporte e sem vontade de se exercitar. E pais e escolas não ajudam, segundo Luiz Roberto Rigolin, autor de "Desempenho Esportivo: Treinamento com Crianças e Adolescentes" (Phorte, 631 págs., R$ 89).

Doutor em educação física com pós-doutorado em filosofia pela USP, Rigolin, 43, se dedica à formação de atletas e se preocupa com o desenvolvimento das habilidades físicas na infância. Aqui, ele fala das dificuldades atuais da educação motora.

*

Folha - Nunca se falou tanto de atividade física, mas as crianças estão cada vez mais sedentárias. O que acontece?

Luiz Roberto Rigolin - A prática de exercícios resulta do desenvolvimento motor, processo que começa desde que a criança nasce. Ela precisa experimentar todas as possibilidades de movimento para desenvolver habilidades físicas. Hoje tem menos oportunidade de fazer isso. Estamos criando uma geração de analfabetos motores.

Como chegamos a isso?

Começa pela reclusão urbana. A grande preocupação dos pais é com a segurança. Têm medo de soltar o bebê, ele pode se machucar. Quando o filho começa a crescer, não pode brincar na rua, por causa do risco de assalto...

O outro elemento é a tecnologia. Com os brinquedos tecnológicos a criança desenvolve várias habilidades cognitivas, sem dúvida, mas muito pouco da parte motora.

E as escolas também não querem ter problemas com pais preocupados em proteger os filhos, então dão poucas opções para a criança experimentar seu corpo de forma mais solta, quando o risco de se machucar é maior.

Nesse caso, não adianta pagar uma escola cara, com a ideia de dar mais oportunidades para o filho se desenvolver?

Pode ser até pior. A inteligência motora está na periferia, onde as crianças não são superprotegidas como as de classes média e alta e por isso têm chance de experimentar os movimentos de forma mais livre. Também têm menos acesso a brinquedos tecnológicos, então têm que encontrar outras formas de brincar: soltar pipa, jogar taco. Por isso a maioria dos atletas de esportes complexos não vem das classes A e B.

A educação motora inclui esfolar o joelho às vezes?

Sim, isso é fundamental, mas também é natural o adulto querer ajudar a criança para que ela não se machuque.

Como os pais podem ajudar?

Com bebês, eles precisam estruturar a casa para deixar a criança subir no sofá, empurrar e puxar objetos etc. E precisa ter alguém acompanhando. Se é o pai, a mãe ou a babá que vai fazer isso, não importa, o que interessa é que a criança tenha oportunidade de experimentar.

Depois, dos três aos sete anos, os pais podem fazer com que a criança adquira o gosto pela atividade física. Isso não é feito só em casa, inclui a escola, o parque, a rua.

E as atividades dirigidas, como as escolas de esportes?

Muitos pais e mães acham que vão incentivar a atividade física colocando o filho na natação, na escolinha de futebol. Mas às vezes o que a criança quer é andar de bicicleta ou de skate. A grande colaboração que os pais podem dar é mostrar as alternativas de atividades para o filho descobrir o seu caminho.

Se a criança mostra talento em alguma modalidade, como os pais podem estimular?

Isso é um problema porque, a partir do momento em que o filho passa a praticar um esporte, os pais já querem que ganhe medalhas.

Começa a pressão por desempenho, que vem também do técnico, do diretor do clube. Imagine como a criança fica nessa história de precisar atender as expectativas de todas essas pessoas.

É possível recuperar habilidades motoras que não foram desenvolvidas na infância?

 
Dá para melhorar, mas nunca vai ser a mesma coisa. E os pais e os professores têm que estar preparados para ensinar essa criança mais lentamente e sem forçá-la a fazer atividades que estão fora de suas possibilidades.

Mães precisamos tomar consciência que o nosso papel é ......

Fonte - Site do Estadão
Publicada em - 14/09/2012 10:15 | Por OCIMARA BALMANT ( estadao.com.br)



...... muito mais importante na formação deste ser tão precioso que recebemos em nossa família!!!


Mães não valorizam carinho e lazer na primeira infância, mostra pesquisa

Para as mães de crianças menores de 3 anos, cuidar da saúde do filho é muito mais importante que dar carinho, brincar...

Para as mães de crianças menores de 3 anos, cuidar da saúde do filho é muito mais importante que dar carinho, brincar ou conversar com ele. Esse é o resultado de uma pesquisa realizada pelo Ibope que ouviu mais de 2 mil pessoas em 18 capitais brasileiras.

Quando perguntadas sobre o que é importante para o desenvolvimento da criança de 0 a 3 anos, 51% delas responderam que a principal contribuição é levar ao pediatra regularmente e dar as vacinas. O porcentual de quem acredita na importância de brincar, passear e conversar cai para 19% e fica menor ainda se forem considerados os que defendem a necessidade da socialização com outras crianças: 8% 

"Isso mostra como a questão da saúde está bem resolvida - e é muito bom que esteja -, mas ainda precisamos avançar muito em relação aos fatores emocionais e comportamentais", diz Saul Cypel, neuropediatra e consultor da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV). "Os pais ainda desconhecem a importância de estabelecer os vínculos afetivos e, consequentemente, os danos que podem haver quando se ignora o potencial de aprendizagem da primeira infância."
A fundação apresentou a pesquisa em um simpósio internacional sobre a primeira infância que promoveu em São Paulo.

Os números mostram o desconhecimento dos pais: grande parte dos entrevistados acha que sentar, falar e andar são sinais mais claros do desenvolvimento infantil do que a criança ser capaz de interagir ou estranhar pessoas distantes; mais de 50% dos entrevistados acreditam que o bebê só tem capacidade de aprender a partir dos 6 meses.

"Precisamos de uma campanha que diga: 'nasceu, começou a aprender'. Sem isso, corremos o risco de perpetuar um cuidado instintivo que se preocupa com a sobrevivência, mas se esquece da dimensão ética, dos valores", diz Yves de La Taille, da Faculdade de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).

Trabalho integrado. O caminho para essa conscientização passa pela criação de políticas públicas que unam as Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social, diz Eduardo Marino, gerente de avaliação da fundação. Desde 2009, a fundação tem trabalhado com seis municípios na implementação de ações simples, porém eficazes.

O trabalho abrange a criação de espaços lúdicos nos quais as crianças possam brincar e interagir com seus pais e cuidadores, encontros de reflexão interativa com a família e um pré-natal que inclua não só questões biológicas, mas também outros aspectos relevantes do desenvolvimento infantil e - muito importante a partir dos resultados desta pesquisa -, a ampliação do tempo da consulta pediátrica.

"Já que 79% das mães recorrem ao pediatra nos momentos de dúvida, é importante que esses profissionais assumam um papel que vá além do diagnóstico físico. Com uma consulta estendida, ele pode orientar sobre a importância dos momentos de lazer, do afeto", resume Cypel.

Por enquanto, os pais têm sido norteados por um censo comum que não difere escolaridade nem classe social: 55% das mães e gestantes acreditam que deixar as crianças assistirem a desenhos ou a programas infantis ajuda no desenvolvimento. "A gente propõe, nessa etapa, atividades em que a criança se movimente, interaja, brinque, faça atividades artísticas, ao ar livre. Isso tem um papel muito mais importante. Ainda que a TV seja uma possibilidade cotidiana, o uso tem de ser muito cauteloso no sentido do tempo gasto e do que é proposto", diz a diretora da Escola Santi, Adriana Cury. / COLABOROU MARIANA LENHARO.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Mais do que interessante, muito importante!

Fonte - Portal G1 (globo)
Em 07/09/2012

Anvisa estabelece novas regras para cosméticos e itens de higiene infantis

Consulta pública foi aberta nesta sexta (7) sobre 33 produtos para crianças.
Dermatologista e pediatra dizem que exposição precoce favorece alergias.


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu nesta sexta-feira (7) uma consulta pública com novas regras para cosméticos e produtos de higiene destinados às crianças. Entre os 33 itens previstos, cujas indicações e proibições podem ser avaliadas pela população em geral nos próximos 60 dias, estão desodorantes, esmaltes e maquiagens.

Na opinião da dermatologista Márcia Purceli, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, crianças não são adultos em miniatura e, por isso, devem usar produtos específicos, que causem menos reação alérgica e levem em conta o peso e a área corporal delas.

"Essa consulta serve para as pessoas entenderem o que está proposto, antes de isso chegar ao mercado. Existe uma demanda das empresas, que querem mais uma fatia de consumidores; das crianças, que se espelham na mãe, nas irmãs e amigas; e dos pais, que incentivam esse comportamento precoce", avalia a médica.

O foco da indústria de cosméticos, que até então eram os adolescentes, com várias linhas "teen" nas prateleiras de farmácias e supermercados, agora parece estar se voltando para os pequenos.

Prova disso é que, segundo a proposta da Anvisa, uma sombra para os olhos poderá ser usada por crianças a partir de 3 anos, desde que aplicadas por um responsável, e desodorantes para axilas e pés serão destinados ao público a partir dos 8 anos – desde que não sejam em aerossol, para não atingir os olhos, não tenham ação antitranspirante e apresentem sabor amargo, para evitar que os menores ingiram os produtos.

"O desodorante só tira o odor, não bloqueia o suor. Mas em geral, até os 12 anos, a criança não tem cheiro embaixo do braço ou chulé. Se tem, é preciso pensar em puberdade precoce, que é uma doença. Os fungos gostam de outro tipo de suor, que é produzido por glândulas ativadas na adolescência", explica a dermatologista.

Em caso de uma puberdade antes do tempo, também pode aparecer acne e descer a menstruação das meninas. Para ter certeza do diagnóstico, é feito um exame no punho, que estabelece a idade óssea do paciente.


Outras regras

A Anvisa também prevê que os produtos próprios para crianças não contenham apelo que incentive a compra, como desenhos, imagens de artistas, nomes e cores. Além disso, a remoção deles precisa ser fácil, com uma simples lavagem com água, sabonete ou xampu.

De acordo com a pediatra Ana Escobar, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (HC) em São Paulo, os produtos precisam sair rápido, sem a necessidade de usar outro cosmético para retirar o primeiro. "E não se deve friccionar a pele, pois isso pode tirar as defesas do corpo", destaca.

Já o gosto amargo dos produtos não adianta muito, na opinião da médica, pois até senti-lo os pequenos já engoliram o conteúdo. O que pode acontecer, segundo Márcia Purceli, é essa ação de levar o cosmético à boca não se repetir depois disso.

Esmalte, protetor solar e itens sem álcool

A dermatologista diz que, cada vez mais cedo, as meninas têm passado esmalte, mas usam os de adulto porque têm maior duração – não saem na água – e são mais baratos.

"As crianças reclamam que o esmalte infantil é removido no banho e as mães também não querem ficar passando todo dia, desejam algo que dure uma semana. Mas o produto para adultos é uma exposição muito precoce a substâncias tóxicas, que podem causar coceira e alergias no futuro, pois essa é uma fase em que o sistema imunológico ainda está se formando", explica.

No caso de protetores solares, Márcia esclarece que a linha infantil cria uma barreira maior contra o sol e sai menos na água. Já os repelentes de insetos contêm menos elementos químicos.

"Além disso, nada que seja ingerido por crianças deve ter álcool, para não incentivar o alcoolismo nem prejudicar o fígado", cita Márcia. Foi por essa razão que a fórmula do fortificante Biotônico Fontoura foi proibida pela Anvisa em 2001, já que continha 9,5% de álcool etílico.

Reparador de pontas é 'forçação'

Na opinião da dermatologista, a ideia da Anvisa de regulamentar um reparador de pontas específico para os cabelos das crianças já é "forçar a barra", pois os fios são iguais na infância e na vida adulta.

"O cabelo é uma proteína morta, só a raiz é viva. Por isso que, quando a gente corta, não sente dor. Então pessoas de qualquer idade podem usar um óleo de silicone, de argan", comenta Márcia.

Segundo a médica, muitas mulheres estão expondo as filhas ainda muito jovens a esmaltes, maquiagens e alisantes de cabelo, porque o medo do bullying é na verdade da mãe, que se preocupa e se incomoda demais com o que os outros vão pensar.

A pediatra Ana Escobar complementa: "Acho que não tem nada a ver incentivar uma criança a usar sombra aos 3 anos. Ela tem que brincar com coisas que estimulem a imaginação e a criatividade, não a vaidade".