08/10/201207h17
Segundo médicos ouvidos por UOL Gravidez e Filhos, as mulheres
podem passar por duas cesáreas ao longo da vida sem que isso implique em riscos
a mais para sua saúde ou a de seu bebê. Depois disso, se ela voltar a
engravidar, será maior a possibilidade de que ocorram problemas na hora de
realizar mais uma cesariana.
De acordo com Maria Rita de Souza Mesquita,
diretora da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo), isso
acontece porque, após cada operação, o tecido do útero fica mais fino e frágil,
o que também contraindica –e nesse caso totalmente– um parto normal. A solução
passa a ser uma nova cesárea, que precisa ser monitorada bem de perto pelo
obstetra.
Renata Gebara Di Sessa, ginecologista e obstetra do Hospital
Santa Catarina, em São Paulo, explica que uma das consequências possíveis, a
partir da terceira cirurgia, é de inserção baixa de placenta ou placenta prévia
–quando há fixação da placenta na parte baixa do útero, perto do colo–, o que
aumenta as chances de sangramento durante a gravidez. Trata-se de uma ocorrência
contornável, se detectada cedo, mas, sem os cuidados adequados, pode causar a
morte do bebê.
Entre outros problemas que podem acontecer a partir da
terceira cesárea estão uma chance maior de infecções, sangramentos uterinos
anormais e desenvolvimento de aderências pélvicas, que podem causar dor crônica
na região, dificuldade a evacuação e dor durante a relação sexual. Maria Rita
acrescenta que a recuperação do pós-parto também tende a ser mais lenta.
"Há ainda maior risco de acretismo placentário, quando a placenta fica tão
grudada no útero que pode provocar dificuldade de contração uterina no pós-parto
(reação necessária para que o órgão recupere seu tamanho de antes da gestação),
aumentando o perigo de sangramento e de morte da mãe", diz Renata.
Os especialistas afirmam, no entanto, que cada gestação tem suas
características próprias e é possível passar por mais de duas cesáreas sem
problemas, apesar de não ser o indicado. Luís Henrique Silva, ginecologista e
obstetra do Hospital e Maternidade Assunção, da Rede D’Or – São Luís, em São
Bernardo do Campo (SP), diz ter realizado, sem complicações, uma cesárea em uma
paciente com cinco cirurgias anteriores.
De acordo com Maria Rita de Souza Mesquita, diretora da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo), isso acontece porque, após cada operação, o tecido do útero fica mais fino e frágil, o que também contraindica –e nesse caso totalmente– um parto normal. A solução passa a ser uma nova cesárea, que precisa ser monitorada bem de perto pelo obstetra.
Renata Gebara Di Sessa, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Catarina, em São Paulo, explica que uma das consequências possíveis, a partir da terceira cirurgia, é de inserção baixa de placenta ou placenta prévia –quando há fixação da placenta na parte baixa do útero, perto do colo–, o que aumenta as chances de sangramento durante a gravidez. Trata-se de uma ocorrência contornável, se detectada cedo, mas, sem os cuidados adequados, pode causar a morte do bebê.
Entre outros problemas que podem acontecer a partir da terceira cesárea estão uma chance maior de infecções, sangramentos uterinos anormais e desenvolvimento de aderências pélvicas, que podem causar dor crônica na região, dificuldade a evacuação e dor durante a relação sexual. Maria Rita acrescenta que a recuperação do pós-parto também tende a ser mais lenta.
Os especialistas afirmam, no entanto, que cada gestação tem suas características próprias e é possível passar por mais de duas cesáreas sem problemas, apesar de não ser o indicado. Luís Henrique Silva, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade Assunção, da Rede D’Or – São Luís, em São Bernardo do Campo (SP), diz ter realizado, sem complicações, uma cesárea em uma paciente com cinco cirurgias anteriores.