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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Um presentinho muito esclarecedor sobre a chupeta


Fonte preparada pela odontopediatra - Drª Greice Paes de Almeida (SJC)


 
A Chupeta
 
 

A maioria dos pais deve ter ouvido falar dos malefícios causados pelo uso excessivo da chupeta, mesmo assim preferem mais os benefícios que o uso traz para suas próprias vidas. Os pais em geral transformam a chupeta em “vício”: Eles a usam para calar a criança e mantê-la quieta. Será que a chupeta acalma o bebê ou os pais, livrando-os do incômodo choro naquele momento?

O bebê chora muitas vezes para comunicar fome, calor, frio, desconforto, falta de companhia e de aconchego. Nenhum desses problemas é resolvido com chupeta, pois ela não substitui atenção e carinho. A melhor solução é descobrir porque o bebê está chorando. Para identificar o motivo do choro é preciso paciência e sensibilidade. Nunca dê a chupeta em situações nas quais ela necessite de atenção e cuidado, quando ela tem uma decepção ou leva um tombo, por exemplo. Se a criança associar a chupeta com afeto, cria a necessidade da chupeta para se expressar e lidar com o mundo, o que explica o fato de crianças não conseguirem se desvencilhar desse hábito.

A chupeta só é indicada quando o bebê chupa o dedo, que é um hábito muito mais prejudicial e muito mais difícil de ser removido.

Nunca molhe a chupeta com mel, leite ou açúcar. Esses hábitos, entre outros inconvenientes alimentares, podem causar cárie nos dentes. Não se deve prender a chupeta na roupa da criança, nem deixar várias disponíveis no berço ou pela casa; não se esquecendo de retirar sempre logo após adormecer.

Os hábitos bucais sucção de dedo, chupeta, mamadeira e respiração bucal podem causar alteração nas arcadas, nas posições dentárias, mordida aberta (os dentes anteriores não se tocam), estreitamento da maxila, mordida cruzada, interposição lingual, além dos prejuízos na mastigação e respiração. A criança que usa chupeta tem dificuldade em explorar o seu redor, retardando assim o desenvolvimento, aprendizado e fala. Portanto, todo o esforço para que a criança não adquira hábitos bucais será recompensado com saúde.

É aconselhável retirar a chupeta entre um ano e um ano e meio no máximo.

A remoção do hábito deve ser de maneira lenta e cada criança precisa de um tempo diferente para que isso aconteça. Jamais use métodos radicais, como passar pimenta na chupeta, jogá-la fora ou métodos que afetem sua autoestima. Atitudes agressivas podem tornar a criança insegura, magoada ou humilhada, colocando em dúvida o amor dos pais e trazendo-lhe problemas de natureza psicológica. Algumas crianças gostam de um elemento de transição que lhe traga aconchego, segurança e companhia, esse elemento de transição pode ser um brinquedo preferido.

Seja paciente, tirar a chupeta de uma forma brusca, poderá estimular a criança a chupar o dedo, o que é ainda pior.

Identifique os momentos em que o hábito se torna mais frequente; deve-se desviar a atenção da criança para outras atividades. Por exemplo, quando está com sono, aborrecida, agitada, cansada, em frente à TV ou no carro. Nesses momentos os pais podem contar uma história, assistir um filme, brincar, cantar uma música, segurar a mão ou mesmo oferecer colo, através de carinho, uma massagem e suporte emocional, que ajudam a desviar a atenção para outras formas de conforto. O hábito vai perdendo importância para as outras sensações mais prazerosas trazidas pelos pais. A criança vai gradativamente desligando-se do hábito.

Vale negociar a chupeta em datas especiais, com o atrativo de um personagem favorito. o Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Fadinhas etc. Ao oferecer a troca, é preciso que os pais estejam atentos para perceber se a criança já se sente preparada e segura, caso contrário, poderá haver um sentimento de frustração e impotência por parte da criança e da mãe. Caso isso aconteça, deve-se continuar motivando a criança até que ela se sinta segura o suficiente para a remoção. Explore a fantasia, conte histórias em que a chupeta tenha participação especial. Nunca tente removê-la oferecendo um presente e tirando a chupeta imediatamente, sem a remoção gradativa e lenta.

O primeiro passo é restringir o uso durante o dia e depois na hora de dormir. A hora do sono é o momento que a criança precisa mais do apoio dos pais. É importante que eles fiquem perto, deem atenção e carinho.

Com as crianças mais velhas converse e explique as consequências da chupeta, geralmente elas são receptivas, querem ajudar no processo. Sempre que a criança esquecer, os pais devem lembrar-se do combinado, e a noite será permitido apenas um pouco antes de dormir. O hábito será cada dia menor e aos poucos, a criança sozinha escolherá algo mais gostoso e prazeroso, como a companhia dos pais. O uso deve ser controlado progressivamente, como marcar o tempo por dia. Por exemplo, no primeiro dia 1 minuto sem a chupeta, no segundo dia 2 minutos, e assim por diante. A própria criança sente-se segura, feliz e vitoriosa ao perceber que consegue dormir sem a chupeta.


Nunca as tentativas de remoção do hábito podem coincidir com situações de estresse da criança, como a ida a escola, nascimento de um irmão ou separação dos pais, nesse caso é preferível adiar.

Com paciência, amor e um pouco de criatividade você pode ajudar seu filho a abandonar a chupeta sem nenhum trauma.

 


Greice Paes de Almeida

CROSP: 51.086 – Odontopediatra Preventiva

Av Nove de Julho 95 sala 31, V. Ady-Anna 12.243-000

Tel: (12) 3942.4592 greicepaesdealmeida@gmail.com

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