Fonte preparada pela odontopediatra - Drª Greice Paes de Almeida (SJC)
A
Chupeta
A maioria dos pais
deve ter ouvido falar dos malefícios causados pelo uso excessivo da chupeta,
mesmo assim preferem mais os benefícios que o uso traz para suas próprias
vidas. Os pais em geral transformam a chupeta em “vício”: Eles a usam para
calar a criança e mantê-la quieta. Será que a chupeta acalma o bebê ou os pais,
livrando-os do incômodo choro naquele momento?
O
bebê chora muitas vezes para comunicar fome, calor, frio, desconforto, falta de
companhia e de aconchego. Nenhum desses problemas é resolvido com chupeta, pois
ela não substitui atenção e carinho. A melhor solução é descobrir porque o bebê
está chorando. Para identificar o motivo do choro é preciso paciência e
sensibilidade. Nunca dê a chupeta em situações nas quais ela necessite de
atenção e cuidado, quando ela tem uma decepção ou leva um tombo, por exemplo.
Se a criança associar a chupeta com afeto, cria a necessidade da chupeta para
se expressar e lidar com o mundo, o que explica o fato de crianças não
conseguirem se desvencilhar desse hábito.
A
chupeta só é indicada quando o bebê chupa o dedo, que é um hábito muito mais
prejudicial e muito mais difícil de ser removido.
Nunca
molhe a chupeta com mel, leite ou açúcar. Esses hábitos, entre outros
inconvenientes alimentares, podem causar cárie nos dentes. Não se deve prender
a chupeta na roupa da criança, nem deixar várias disponíveis no berço ou pela
casa; não se esquecendo de retirar sempre logo após adormecer.
Os
hábitos bucais sucção de dedo, chupeta, mamadeira e respiração bucal podem
causar alteração nas arcadas, nas posições dentárias, mordida aberta (os dentes
anteriores não se tocam), estreitamento da maxila, mordida cruzada, interposição
lingual, além dos prejuízos na mastigação e respiração. A criança que usa chupeta
tem dificuldade em explorar o seu redor, retardando assim o desenvolvimento,
aprendizado e fala. Portanto, todo o esforço para que a criança não adquira
hábitos bucais será recompensado com saúde.
É
aconselhável retirar a chupeta entre um ano e um ano e meio no máximo.
Seja
paciente, tirar a chupeta de uma forma brusca, poderá estimular a criança a chupar
o dedo, o que é ainda pior.
Identifique
os momentos em que o hábito se torna mais frequente; deve-se desviar a atenção
da criança para outras atividades. Por exemplo, quando está com sono,
aborrecida, agitada, cansada, em frente à TV ou no carro. Nesses momentos os
pais podem contar uma história, assistir um filme, brincar, cantar uma música,
segurar a mão ou mesmo oferecer colo, através de carinho, uma massagem e
suporte emocional, que ajudam a desviar a atenção para outras formas de
conforto. O hábito vai perdendo importância para as outras sensações mais
prazerosas trazidas pelos pais. A criança vai gradativamente desligando-se do
hábito.
Vale
negociar a chupeta em datas especiais, com o atrativo de um personagem favorito.
o Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Fadinhas etc. Ao oferecer a troca, é preciso
que os pais estejam atentos para perceber se a criança já se sente preparada e
segura, caso contrário, poderá haver um sentimento de frustração e impotência
por parte da criança e da mãe. Caso isso aconteça, deve-se continuar motivando
a criança até que ela se sinta segura o suficiente para a remoção. Explore a
fantasia, conte histórias em que a chupeta tenha participação especial. Nunca
tente removê-la oferecendo um presente e tirando a chupeta imediatamente, sem a
remoção gradativa e lenta.
Com
as crianças mais velhas converse e explique as consequências da chupeta, geralmente
elas são receptivas, querem ajudar no processo. Sempre que a criança esquecer,
os pais devem lembrar-se do combinado, e a noite será permitido apenas um pouco
antes de dormir. O hábito será cada dia menor e aos poucos, a criança sozinha
escolherá algo mais gostoso e prazeroso, como a companhia dos pais. O uso deve
ser controlado progressivamente, como marcar o tempo por dia. Por exemplo, no
primeiro dia 1 minuto sem a chupeta, no segundo dia 2 minutos, e assim por
diante. A própria criança sente-se segura, feliz e vitoriosa ao perceber que
consegue dormir sem a chupeta.
Nunca as tentativas de remoção do hábito podem coincidir com situações de estresse da criança, como a ida a escola, nascimento de um irmão ou separação dos pais, nesse caso é preferível adiar.
Com
paciência, amor e um pouco de criatividade você pode ajudar seu filho a
abandonar a chupeta sem nenhum trauma.
Greice Paes de Almeida
CROSP: 51.086 – Odontopediatra Preventiva
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