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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Você depois da chegada do bebê

Fonte - Escrito para o BabyCenter Brasil
Aprovado pelo Conselho Médico do BabyCenter Brasi


Como vou me sentir nos momentos logo depois do parto?


Pode ser que você fique incrivelmente feliz, com um sentimento de plena satisfação física, mental e emocional. Pode ser que você fique exausta, dolorida, aérea, decepcionada e até deprimida. Ou você pode ficar em qualquer ponto entre esses dois extremos.

Todos esses estados são absolutamente normais. Lembre-se de que você está se recuperando de um enorme esforço físico, no caso de um parto normal, ou de uma cirurgia abdominal, no caso de uma cesárea. Tenha paciência e dê ao seu corpo tempo para descansar e recuperar as energias. O descanso e o apoio da família costumam ser suficientes para que as mulheres voltem à ativa bem rápido.



Que mudanças físicas meu corpo vai sofrer imediatamente depois do parto?


Assim que o bebê nasce, muitas das mudanças graduais por que seu corpo passou durante a gravidez começam a se desfazer, só que num ritmo muito mais rápido. Por isso, você perceberá vários sinais físicos:

• Você vai ter um sangramento vaginal parecido com a menstruação. Nos primeiros dez dias o fluxo será semelhante ao dos dias mais intensos do período menstrual, e depois ele vai se transformando numa secreção amarronzada, que pode durar até seis semanas. O excesso de atividade pode aumentar a intensidade do sangramento.

• Seu útero vai voltar rapidamente ao tamanho e à posição normal. Para isso, ele vai se contrair, processo que é acelerado pela amamentação. Você pode sentir cólica quando der de mamar: os hormônios estimulam as contrações do útero. A intensidade dessas cólicas aumenta a partir do segundo filho. O sangramento também pode ser mais forte nesses momentos, por isso use um bom absorvente.

• A vagina vai retomar o vigor muscular normal, e os músculos do assoalho pélvico vão voltar para perto da posição anterior. (Leia mais sobre como a vagina se recupera do parto.) Você pode colaborar para o processo fazendo exercícios para os músculos pélvicos.

• Pequenas lacerações e cortes no útero, na vagina e no períneo (a área entre a vagina e o ânus) cicatrizam rápido; a episiotomia, um corte cirúrgico feito na hora do parto normal para facilitar a passagem do bebê, pode demorar mais tempo. Os pontos, tanto na região vaginal como de cesariana, podem ficar doloridos por semanas.

• Logo depois do parto, os seios ainda ficam macios, pois só estão produzindo um pouco de colostro (o líquido meio transparente que protege a saúde do bebê). Depois de três ou quatro dias o leite vai "descer", e suas mamas vão ficar quentes, inchadas e sensíveis. No começo, seus mamilos também podem ficar doloridos, e os primeiros segundos de cada mamada podem ser desconfortáveis. Essa sensação costuma melhorar depois do quinto dia.

• Sua barriga vai ficar flácida e enrugada, e a cintura simplesmente não existirá. Você ainda vai estar carregando boa parte do peso que ganhou durante a gravidez. Muito provavelmente vai ter de usar as roupas de grávida por um certo tempo.

• A dor nas costas e as hemorróidas podem continuar importunando você.

• Você pode ficar com estrias nos seios, na barriga e nas coxas.

• Seus tornozelos e pés vão inchar mais ainda, depois do parto, antes de começar a desinchar, num processo que pode levar cerca de dez dias. Quanto menos você descansar, mais tempo vai demorar para desinchar.

• Se você fez uma cesárea, provavelmente vai sentir dor para sentar e levantar da cama, ou se ficar muito tempo em pé.



Sobra alguma coisa de bom?


Sim! Nem tudo é tão difícil. Com a queda nos níveis de progesterona no seu corpo, o tônus muscular de todos os sistemas vai voltando. Assim, a azia melhora rápido, assim como a prisão de ventre e as varizes. As hemorróidas demoram mais um tempinho.

CERTO OU ERRADO: "Devemos dar chupeta ao bebê"?

Fonte - Escrito para o BabyCenter Brasil
Aprovado pelo Conselho Médico do BabyCenter Brasil

Há quem seja fã, há quem deteste. O fato é que mulheres usam chupetas e bicos há séculos para acalmar bebês. A polêmica em torno do assunto é enorme, até entre profissionais de saúde, e por isso os pais acabam recebendo conselhos contraditórios.

Vantagens do uso da chupeta


A principal vantagem do uso da chupeta é acalmar o bebê e ajudá-lo a dormir. O ato de sugar a chupeta ajuda a aliviar a dor, porque relaxa o bebê, e por isso muitos pais recorrem a ela quando a criança sofre de cólica ou não está conseguindo se acalmar. Ao sugar, os batimentos cardíacos do bebê ficam mais regulares.

Cada bebê é diferente na necessidade de sucção. Há crianças que requisitam o seio o tempo todo, mas não porque estejam com fome, e sim porque precisam do conforto de sugar alguma coisa. Embora o assunto seja polêmico, existe uma ligação entre o uso de chupetas e o abandono precoce da amamentação -- mas não se sabe se um é causa do outro ou não.

A chupeta pode, em certos casos, ajudar bebês prematuros que estejam com dificuldade de pegar o bico da mamadeira ou do seio, para poder abandonar a alimentação por sonda. Ela funciona como um treino para a sucção.




Desvantagens do uso da chupeta



• Otites - existe uma relação comprovada entre o uso prolongado de chupeta e otites médias, ou seja, infecções de ouvido. Não se sabe exatamente se a relação é de causação direta -- pode ser que ela esteja relacionada a outros fatores, mas é preciso levar a relação estatística em conta. Acredita-se que o uso da chupeta aumente a propensão da migração de infecções para a trompa de Eustáquio (a passagem oca que liga o ouvido médio e a garganta). Para evitar esse tipo de problema, limite o uso da chupeta à hora de dormir.

• Infecções em geral - o uso da chupeta já foi estatisticamente associado a um risco maior da presença de sintomas como vômitos, febre, diarréia e cólica. A explicação não é clara, mas, para garantir, se você for dar a chupeta ao seu filho, esterilize-a com frequência e carregue sempre uma limpa de reserva para o caso de a que ele estiver usando cair no chão.

• Problemas dentais - o uso prolongado de chupeta e o costume de chupar o dedo podem causar problemas no desenvolvimento dos dentes, principalmente se a criança ainda tiver o hábito quando os dentes permanentes já estiverem nascendo. Esses problemas costumam exigir o uso de aparelhos ortodônticos.

• Problemas de fala - o uso da chupeta impede os bebês de emitir sons do tipo "gugu-dadá", "agu", que são uma etapa importante do processo de aprender a falar. Em crianças maiores, reprime a fala, inibindo o desenvolvimento da linguagem. Esse tipo de problema é amenizado se o uso da chupeta ficar limitado à hora do sono.

• Prejuízo à amamentação - existem fortes dados mostrando que mulheres que dão chupetas aos bebês têm maior probabilidade de desmamar os filhos mais cedo que mulheres que não dão a chupeta todos os dias.

Há muita controvérsia em torno da relação causal entre a chupeta e o fim da amamentação. Um dos argumentos é que talvez as mães recorram à chupeta justamente porque estejam com problemas no aleitamento materno ou porque não queiram amamentar. Segundo outra linha de raciocínio, o uso de bicos diferentes (seio e chupeta ou mamadeira) pode causar confusão no bebê, dificultando a amamentação. Há também quem argumente que, como o bebê fica sugando a chupeta e não o seio, a mama é menos estimulada a secretar prolactina, causando a redução na produção de leite.

Seja qual for o motivo, o uso diário da chupeta está ligado à interrupção da amamentação antes dos 3 meses de idade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam que as mulheres dêem apenas o seio aos filhos durante os primeiros seis meses, a chamada amamentação exclusiva, para que eles recebam os enormes benefícios do leite materno.

Outro dado interessante é que muitas vezes bebês amamentados se recusam a pegar a chupeta ou qualquer outro tipo de bico. Se isso acontecer com seu filho, não é necessário forçar. A mamadeira pode ser substituída por copinhos ou canudo desde bem cedo.




Como usar a chupeta


O choro constante do bebê pode desestabilizar a família inteira, e o que o bebê mais precisa para se desenvolver com saúde é de um ambiente tranquilo. Em nome dessa paz pode ser que valha a pena tentar a chupeta. Para isso, siga as seguintes dicas:

• Use chupetas ortodônticas e adequadas para a idade do bebê (procure informações na embalagem).

• Mantenha as chupetas sempre limpas -- esterilize-as com frequência, idealmente todos os dias, pelo menos nos primeiros três meses do bebê. Se for guardá-las dentro de caixinhas especiais, esterilize a caixinha também.

• Troque a chupeta se notar que ela está desgastada, furada ou grudenta.

• Nunca mergulhe a chupeta em alimentos doces como açúcar, para fazer o bebê parar de chorar. Esse costume pode provocar cáries. A funchicória, erva em pó muito usada para acalmar os bebês, também é doce. Converse sempre com o pediatra antes de usá-la.

• Limite o uso da chupeta ao estritamente necessário, como durante crises de cólica ou na hora de dormir. O uso prolongado de chupetas está relacionado à ocorrência de otites médias e outros problemas (consulte a seção Desvantagens acima).

• Espere o bebê precisar da chupeta, em vez de colocá-la na boca dele automaticamente.

• Tente tirar o hábito de chupar chupeta o quanto antes, e se esforce ao máximo para que o costume já tenha sido abandonado de vez quando os dentes permanentes forem nascer (por volta dos 6 anos). O mais comum é os pais começarem a pensar em tirar a chupeta por volta dos 2 anos, mas você pode fazer isso mais cedo, até antes de 1 ano. A necessidade de sucção é muito maior nos primeiros meses. Depois os interesses do bebê se voltam para outros sentidos e vale a pena aproveitar a deixa para acabar com o hábito.

• Não deixe que o uso da chupeta vire um vício para o bebê, especialmente durante o dia. Você controla a chupeta, não ele. Não a deixe à disposição e evite usar cordinhas para prender a chupeta à roupa. Não é demais repetir: limite o uso para quando ele for absolutamente necessário.




A chupeta reduz o risco de morte súbita?


Alguns dados sugerem que o uso da chupeta possa ter uma ação protetora contra a síndrome da morte súbita do lactente, um fenômeno muito raro que leva os bebês à morte durante o sono, sem explicação médica.

Um estudo publicado no British Medical Journal analisou o uso de chupetas por vítimas da síndrome e concluiu que a presença da chupeta estava associada a um risco menor, especialmente quando havia outros fatores de risco, como dormir de bruços, dormir com muita roupa de cama ou dormir na mesma cama com uma mãe que seja fumante (mesmo que não fume no quarto). De acordo com o estudo, chupar o dedo também teve influência positiva. Os autores ressaltaram, porém, que os dados ainda são preliminares e precisam de confirmação. Para eles, há duas explicações possíveis para o efeito protetor. Uma é que a parte externa da chupeta ajude a manter o nariz e a boca do bebê longe das cobertas, e outra é que o ato de sugar melhore o controle das vias aéreas superiores. Outros especialistas acreditam que bebês que usam chupeta têm mais a atenção dos pais durante a noite, porque eles vão recolocar a chupeta na boca da criança, e que essa atenção é que tenha prevenido a síndrome.

Mas esses dados não são suficientes para justificar o uso da chupeta. A amamentação é extremamente importante, e para prevenir a síndrome da morte súbita também há outras providências, como não deixar o bebê dormir de bruços e não fumar.




Como largar a chupeta


Seu filho está o tempo todo de chupeta na boca? Você acha que ele já está grandinho para a chupeta? Experimente essas idéias para acabar com o hábito:

• Vá diminuindo aos poucos os períodos em que permite o uso da chupeta.

• Restrinja a chupeta a momentos críticos do dia, como a hora de dormir ou quando seu filho está doente, se sentindo mal. Seja firme.

• Se for premiar a criança por não usar a chupeta, prefira brincadeiras, passeios, privilégios, adesivos ou presentinhos simples -- não dê doces a ela no lugar da chupeta.

• Reforce a idéia de que crianças mais velhas não usam chupeta -- elas adoram se sentir mais crescidas.

• Incentive a criança a dar todas as chupetas para alguém -- nem que seja o Papai Noel ou o coelhinho da Páscoa. E, depois que ela der, faça de tudo para não voltar atrás. Se não houver nenhuma data apropriada próxima, você pode inventar a "fada da chupeta", que deixa um presentinho em troca.

• Converse com outros pais para saber que estratégias eles usaram. Há quem faça, por exemplo, um furinho na chupeta, prejudicando a sucção, e diga ao filho que a chupeta "quebrou".

• Identifique os sinais de que seu filho está pronto para largar a chupeta e aproveite o momento. Durante um resfriado, é comum que a criança rejeite a chupeta, pois precisa respirar pela boca por causa do nariz entupido. Se isso acontecer, tire as chupetas de vista e espere. Quando seu filho pedir a chupeta, não dê imediatamente. Pode ser que ele largue o hábito naturalmente.

• Invista na rotina da hora de dormir: anuncie uma mudança (um bichinho novo, a mudança do berço para a cama, um novo hábito, de ouvir música ou contar histórias de um livro, por exemplo), e explique que na nova rotina -- de criança grande -- não há espaço para a chupeta. O entusiasmo com a novidade pode ajudar.