Minha escolha, minha profissão

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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

INTERESSANTE PARA LER E REFLETIR...PORQUE ENCONTRAR O SEU EQUÍLIBRIO É A MELHOR SOLUÇÃO

10 reflexões para afastar a culpa

Por Daniela Folloni

Ideias para evitar a auto cobrança e ser uma mãe feliz consigo mesma

 

Amamos tanto nossos filhos que parece que nem esse amor todo é o suficiente. E não faltam razões para a gente se sentir culpada e ficar achando que poderia ser uma mãe melhor. Ser vítima de uma autocobrança que não, não faz nada bem. Mesmo para quem já sabe que ter culpa é bobagem, que não é possível acertar em tudo cem por cento, às vezes ela bate. E então.... use essas reflexões-antídoto para ajudar a afastar esse peso de você:
1- Como é que alguém que passa 24 horas do dia fazendo o máximo para acertar pode se sentir culpada por não ser boa o bastante, presente o bastante, organizada o bastante...? Pense nisso e... não se culpe!
2- Muitas mães querem ser inspiração para seus filhos. Querem ser espelho. Mostrar que é importante se realizar profissionalmente. Como é que o seu trabalho, que pode ser motivo de orgulho para você e um exemplo de que é importante batalhar pelos próprios sonhos, pode acabar virando motivo para você se sentir culpada?
3- Existe um provérbio africano que diz: "Você precisa de uma vizinhança inteira para criar uma criança". Então, não se culpe por não estar 24 horas do dia com seu filho. É muito bom para ele conviver com outras pessoas queridas em casa, na escola...
4- Muitas vezes, na vida de mãe, a gente acerta achando que errou. E erra achando que estava fazendo a coisa certa. Então, não tente buscar a perfeição. Ninguém garante que ela vai ser o melhor para o seu filho lá na frente.
5- A melhor mãe do mundo para o seu filho é você, do seu jeitinho. Mais tímida ou mais extrovertida, mais prendada ou mais desajeitada, mais carinhosa ou mais objetiva... Ele precisa de você, do seu jeito. Cobrar-se por não ser igual a fulana ou sicrana só vai fazer seu filho ficar mais longe de quem você é na essência. E é disso que ele precisa.
6- Uma pesquisa da Universidade de Richmond diz que após a maternidade o cérebro da mulher ganha novas conexões e capacidade de aprendizado elevada. Então, mesmo que não perceba sua evolução e ache que está errando, acredite: você está se tornando uma pessoa melhor.
6- Se culpa é vontade de acertar, transforme esse sentimento em algo, em um alerta de aprendizado. Da próxima vez, vá lá e faça do jeito que acha que deveria ter feito. Simples assim. Sem sofrer pelo leite derramado.
7- Na dúvida, abrace e beije seu filho. Esses gestos curam tudo.
8- Segundo um estudo do Family and Work Institute de Nova York, o maior desejo das crianças não é que os pais fiquem mais em casa, mas sim que sejam menos estressados. Mais uma razão para você cuidar do seu bem-estar e não se culpar tanto quando for fazer massagem e deixar o bebê com a babá.
9- Mães perfeitas não são reais. Mães reais não são perfeitas. Cole essa frase no computador, no celular, poste no Facebook, no Instagram. Use quando achar conveniente! Sim, pode ser um mantra de vida ;)
10- Pense nas instruções de voo das aeronaves: coloque a máscara em você, depois na criança ao seu lado. Se você não tiver ar, não vai conseguir cuidar do seu filho. Se colocar em primeiro lugar nos momentos certos é uma atitude inteligente e nem um pouco egoísta. Não se culpe.

 

domingo, 21 de setembro de 2014

SER MÃE É EXPERIÊNCIA PRÁTICA PURA, MAS LER DICAS SEMPRE AJUDAM NA EDUCAÇÃO E NO DESENVOLVIMENTO DOS PEQUENOS

10 habilidades emocionais que as crianças precisam desenvolver...


... e como você pode ajudar seu filho na prática no dia a dia




  FONTE -  Fernanda Carpegiani - atualizada em 30/07/2013 

Autoconfiança
Ressaltar as qualidades do seu filho e mostrar que você acredita na capacidade dele é a chave para que ele faça o mesmo. Na hora de repreendê-lo, por exemplo, foque no comportamento ruim em vez de rotulá-lo. “É preciso censurar o fato e não quem o praticou. Se eu digo a uma criança que ela é teimosa, ela vai acreditar nisso e se tornar mais teimosa”, explica Edimara de Lima, psicopedagoga e diretora da Prima Escola Montessori, em São Paulo. Reforce o que for positivo, mas não elogie sempre, só por elogiar, para não criar uma postura arrogante nem uma pessoa que não saberá lidar com críticas. No dia a dia, mostre que ele pode contar com seu apoio para realizar tarefas simples, como escovar os dentes, mas, ao mesmo tempo, dê autonomia para que ele aprenda a fazer sozinho e encontre a sua própria maneira.

 Coragem

Ter medo de algo que não conhecemos ou não conseguimos entender é natural, e até esperado. Toda criança já teve medo do escuro ou do bicho papão. Para ajudar seu filho a encarar esses e muitos outros receios que vão surgir (do vestibular, de aprender a dirigir e até de conhecer a sogra), dê espaço para que ele expresse e entenda o que está sentindo. Uma boa dica é usar livros e filmes que falem sobre esses medos. O primeiro dia na escola pode parecer assustador, mas depois que ele enfrentar as primeiras horas e se acostumar com a classe vai perceber que está tudo bem, e que ele nem precisava ter ficado com tanto medo. “A coragem é essencial para que possamos aceitar desafios, ir atrás dos nossos objetivos, aprender coisas novas e defender os nossos valores”, afirma Steven Brion-Meisels, educador que há mais de 35 anos trabalha com o tema e é professor da Escola Superior de Educação de Harvard, da Lesley University (ambas nos EUA) e da Universidade de Los Andes (Bogotá, Colômbia).
  
Paciência

“Tá chegando?” Quantas vezes você já ouviu isso durante uma viagem longa? Aprender que não podemos controlar tudo e que é preciso saber esperar não é fácil nem para nós, adultos, imagine então para uma criança que está ansiosa, entediada ou ainda não entende totalmente a passagem do tempo. Mas as filas de banco e as salas de espera de consultórios médicos são apenas algumas das situações que vão exigir do seu filho paciência. Mostre para ele que cada coisa tem o seu tempo. Um jogo em família ou uma conversa na mesa de jantar são bons exemplos de situações cotidianas em que cada um precisa esperar a sua vez, seja para jogar ou para falar e ser ouvido.
  
Persistência

Quando estiver aprendendo a andar, seu filho vai se desequilibrar e cair, e por isso mesmo precisa do seu apoio e incentivo para perceber que um pouco de treino e muita persistência vão garantir seus primeiros passos. E esse é apenas um dos muitos desafios que ele vai enfrentar, então não caia na tentação de fazer tudo por ele. “O estímulo positivo é importante. Mostre que o fato de ele não ter sucesso naquele momento, naquela atividade específica, não quer dizer que ele nunca vai conseguir vencer o desafio”, diz Quézia Bombonatto, terapeuta familiar e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Só assim ele vai poder traçar metas e superar os obstáculos para alcançar seus objetivos sem desistir no meio do caminho.
  
Tolerância

Quando vai para a escola, seu filho entra em contato com dezenas de outras crianças com realidades e comportamentos diversos e muitas vezes totalmente diferentes de tudo que ele conhece. Aprender a aceitar essas diferenças é o começo do caminho para uma convivência tranquila e harmoniosa com o outro. “É importante criar oportunidades de interações mais cooperativas, como jogos coletivos, para que a criança comece a conhecer tanto as regras quanto as necessidades dos outros”, afirma o psicólogo Ricardo Franco de Lima, especializado em Neurologia Infantil. E os seus modelos também contam muito para o desenvolvimento da tolerância do seu filho. Ele só vai aprender a compreender o outro se vir os pais fazendo isso no dia a dia. Quer um exemplo? Sua atitude com os mais velhos é que vai ajudá-lo a ter paciência com os avós e com o irmão mais novo.

Autoconhecimento

Quem sou eu? Eu gosto disso ou prefiro aquilo? Essas indagações só vão passar pela cabeça do seu filho por volta dos 3 anos. É quando ele vai começar a se questionar, a se perceber e, claro, a expressar suas vontades, agora com motivos e razões mais consistentes. Aos poucos, ele vai se conhecer melhor e isso será fundamental para que ele pense e aja com mais segurança, respeitando o que sente. Também é o primeiro passo para se relacionar com as pessoas à sua volta. “A criança aprende primeiro a se relacionar com ela mesma, a entender o que sente, para depois transferir esse conhecimento para a relação com o outro”, diz a psicopedagoga Quézia Bombonatto. Incentive seu filho a perceber quais são suas preferências, pergunte, peça para ele explicar, conte as suas próprias histórias. Sempre ofereça opções e pergunte de qual ele gosta mais e o porquê. 

Controle dos impulsos

Uma sala vazia, uma criança de quatro anos e um marshmallow. A proposta é simples: ela pode comer o doce ou esperar e ganhar mais um, ficando com dois. Esse teste foi criado por um pesquisador da Universidade de Stanford (EUA) há mais de 50 anos para analisar quais crianças eram capazes de controlar suas emoções para conseguir conter seus impulsos.
O estudo voltou a analisar as mesmas crianças anos depois, no ensino médio, e aquelas que resistiram à tentação de comer o primeiro marshmallow por cerca de 20 minutos tinham um desempenho escolar maior do que as que comeram. Isso porque elas sabiam adiar a satisfação para ter uma recompensa. “Querer não é errado, mas nem sempre é possível ter o que queremos, por isso é tão importante controlar o desejo e as reações frente aos impulsos”, diz o psicoterapeuta Iuri Capelatto. Em casa, terá dias que ele vai querer comer correndo para ganhar logo a sobremesa. Mas ensine que ele deve, primeiro, esperar todos acabarem o jantar.

 Resistência às frustrações

“Dizer não é a maior prova de amor que um pai pode dar”, afirma a psicóloga Ceres de Araújo. É assim, com pequenas doses de frustração, que seu filho vai aprender a lidar com as adversidades e a superar os problemas sem se deixar abater. Isso é o que os especialistas chamam de resiliência, ou seja, a capacidade de sobreviver às dificuldades e usá-las como fonte de crescimento e aprendizado. Se ele não souber lidar com pequenos “nãos”, como “aí não pode”, “é hora de ir embora”, “esse brinquedo é caro demais”, terá mais dificuldade de aceitar e superar o não do chefe ou da namorada, por exemplo. E tentar poupá-lo só vai atrapalhar. “Os pais precisam parar de confundir felicidade com satisfação de desejos. As crianças precisam ter contato com pequenas impossibilidades para poder lidar com as maiores depois”, completa a psicopedagoga Edimara. Portanto, não se culpe por ter de dizer não a ele de vez em quando. Isso só fará bem para todos vocês!

 Comunicação

Conversar sobre o que seu filho fez durante o dia é um estímulo para que ele aprenda a organizar as ideias e transformá-las em frases de uma forma que os outros possam compreender. Provavelmente a primeira resposta será “legal”, mas não desista! Fazer outras perguntas ou até falar sobre o seu dia também pode ajudar. Afinal, de nada vai adiantar ele ter boas ideias se não conseguir contá-las aos outros. “Outras atividades que favorecem a interação verbal também são importantes, como contar e recontar histórias, interpretar essas mesmas histórias e ler um livro junto com os filhos”, diz o psicólogo Ricardo Franco de Lima. Mas mesmo antes de aprender a falar, o bebê já se comunica por meio de gestos e precisa ser estimulado a verbalizar. Se ele apontar para um objeto, por exemplo, em vez de entregá-lo prontamente, pergunte o que ele quer, fale o nome do objeto e dê um tempo para ele tentar articular alguns sons. Depois que ele aprender a ler e escrever, procure ensiná-lo também que, além da linguagem do bate-papo com os amigos, será importante para a vida que ele saiba o português formal, por mais complicado que isso possa parecer.

 Empatia

Até por volta dos 2 anos, a criança só consegue ver as coisas a partir da sua perspectiva. A partir dessa idade ela já consegue se colocar no lugar do outro e pode começar a exercitar plenamente a empatia. “Para que seu filho entenda o que outra pessoa está sentindo, ele precisa de ajuda para reconhecer, nomear e expressar suas próprias emoções, bem como as consequências das suas ações”, diz o psicólogo Ricardo de Franco Lima. Diante de um conflito, pergunte por que ele agiu assim, o que pensou e sentiu e incentive-o a imaginar o que o outro está sentindo também, levantando possibilidades, mas deixando que ele mesmo crie maneiras de resolver a briga.





quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Entendendo o por quê ???? "Leite"

Fonte: Nutrociência e Clínica Infantil Reibscheid

 

Leite de vaca X Bebês menores de 1 ano

A nutrição de bebê, principalmente quando se trata do primeiro ano de vida do lactente (de 0 a 12 meses), ainda é um tema muito debatido por diversas associações médica, tanto no âmbito nacional, como no âmbito internacional. Esta preocupação não é para menos: em nenhum outro momento da vida do ser humano ocorre um ganho de peso, um crescimento na estatura, e um desenvolvimento neuorpsicomotor de forma tão intensa.
Nesta fase da vida da criança, o leite (materno, de vaca ou fórmula infantil) chega a representar de 35 a 100% da ingestão total de alimentos, dependendo da idade do bebê. Assim, a escolha por um leite adequado que será oferecido é fundamental. Dentre as possibilidades temos: o leite materno, o leite de vaca integral (LVI) ou fórmulas lácteas infantis.
No entanto, estes leites diferem bastante entre si.
Sem dúvida, o leite materno preenche todas as necessidades nutricionais do lactente até o 6o mês de vida, sendo também recomendado como o leite de escolha entre o 6o e o 12o mês junto à alimentação complementar. Ele não é apenas uma fonte de nutrientes especificamente adaptada à capacidade metabólica do bebê, como também uma substância viva de grande complexidade biológica, ativamente protetora de infecções e alergias, por exemplo. Na impossibilidade do uso do leite materno, surgem várias questões sobre a adequação do leite de vaca integral (LVI) como fonte de nutrientes para o lactente.
No Brasil, o leite de vaca é a principal alternativa para as mães que não podem amamentar seus filhos. Esta realidade existe principalmente em populações com um poder econômico reduzido, visto o menor custo deste produto frente às fórmulas infantis. Entretanto, quando se trata da oferta de LVI para nossas crianças, não podemos deixar de lado os cuidados a serem tomados nesta prática.
Já há alguns anos têm sido descrito por diversos profissionais da área que o consumo de LVI por crianças menores de 1 ano está associado ao aparecimento da anemia ferropriva (anemia por deficiência de ferro).
Além do baixo teor, o ferro do leite de vaca não é bem absorvido pelo organismo de lactente. Outro fator agravante que contribui o aumento do risco de deficiência de ferro e anemia no 1o ano de vida é o fato de que o consumo de leite de vaca está associado à perda de sangue pelas fezes de uma maneira despercebida pelas mães e cuidadores. Tal evento cessa após a criança completar 1 ano, idade esta em que o trato gastrointestinal já está mais desenvolvido.
Ainda também em virtude de um trata gastrointestinal não totalmente desenvolvido, o consumo de LVI por crianças menos de 12 meses têm sido relacionado como um fator predisponente no aparecimento da alergia a proteína do leite de vaca, uma condição que afeta 0,4% a 7,5% das crianças de 0 a 2 ano de idade. Além disso, a exposição precoce da criança ao LVI aumenta o risco não somente de reações adversas a este leite, como também de alergias a outros alimentos.
Outro risco associado a sua ingestão é o de desenvolver uma sobrecarga renal, com distúrbios de eletrólitos e com elevação de sódio no sangue. Apesar das funções metabólicas e excretoras do lactente
normal acima de 6 meses de idade estarem mais maduras e, na maioria das vezes, poder suportar bem esta sobrecarga, a margem de segurança continua sendo maior quando o alimento é o leite materno ou algum fórmula modificada.
Existe ainda o risco de deficiência de cobre, zinco, vitamina A, C, E e ácido fólico e gorduras essenciais (ômega 3 e ômega 6) principalmente quando se utiliza o LVI muito diluído, prática esta comumente observada. Deficiência de algumas vitaminas pode ser ainda agravada pelo processamento térmico do leite.
Dada as evidências, não se recomenda então a utilização do leite de vaca integral na alimentação da criança durante o primeiro na de vida. Contudo, esta realidade nem sempre é possível, visto que o poder aquisitivo da maioria da população brasileira é baixo.
Quando da utilização do LVI, esta prática irá requerer cuidados com determinadas modificações, no intuito de reduzir a possibilidade de riscos para a saúde da criança.
Para aquelas crianças impossibilitadas de serem alimentadas com leite materno desde o nascimento, recomenda‐se que o LVI seja diluído preferencialmente até o 5o mês do lactente. No 1o mês, preconiza‐se uma diluição de 50%, isto é 1 parte de LVI em 1 parte de água. Do 2o ao 4o mês, 2 partes de LVI em 1 parte de água.
Essa diluição visa à redução do excesso de proteínas e eletrólitos.
Contudo, qualquer que seja a diluição adotada, concomitantemente haverá sempre a redução na quantidade de energia fornecida ao lactente, sendo que esta deve ser corrigida a fim de suprir as necessidades do pequeno. Usualmente, a correção é feita com o acréscimo de carboidratos, como as farinhas. Deve‐se evitar a utilização do açúcar simples devido ao poder em potencial de provocar diarréia nesta fase da vida.

Atenção!


• O leite desnatado é contra‐indicado para a criança, pois além de possuir densidade energética muito baixa, pode causar deficiências severas de gorduras essenciais e determinadas vitaminas.
• Os leites achocolatados também devem ser evitados durante o 1o ano e vida devido à presença de alguns fatores antinutricionais do chocolate, os quais podem comprometer a utilização da proteína e do cálcio do leite.
• E por fim, o leite de vaca não submetido a processamento térmico prévio é desaconselhável. Leites in natura expõem a criança ao risco de doenças como tuberculose, dentre outras, podendo este leite ter uma condição de higiênico‐sanitária precária.

Então, já sabe:

Na ausência do aleitamento materno, procure a fórmula infantil mais adequada, em parceria com o pediatra.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

PRONTA PARA VOLTAR A ATUAR....





Com a experiência prática das aulas de hidrogestante que ministrei por 2 anos e agora com a atualização do CV ...reforço meus conhecimentos para atuar na área de Prescrição de exercícios para gestantes e também no pós parto!!!!



segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Porque ser mãe é assim...aprender a criar o nosso próprio jeito de educar



Nanna Neném

Por Nanna Pretto

O rótulo da mãe perfeita

29.08.2014 | Por Nanna Pretto

A melhor mãe é a mãe que você é. Espelhar-se em modelos de perfeição pode não dar certo para o seu estilo de vida e não trazer felicidade.

“Você está chata!” “Você nunca deixa eu dormir tarde!” “Quero fazer isso com o papai!”

Cada vez que escuto uma dessas frases eu penso que poderia ser uma mãe melhor. Que talvez eu devesse me espelhar em algum modelo de mãe, que eu deveria ser mais permissiva ou que eu deveria ligar aquele botãozinho que temos e deixar que o filho de seis anos escolha como quer levar a vida.

Não, isso não daria certo. O meu jeito de ser mãe é único. Às vezes passamos dos limites, é fato, mas quem não passa? Será que a mãe-família-perfeita que enche o Facebook de fotos lindas, em r caríssimos e com seus filhos bonitos, saudáveis e que comem brócolis, não dá um gritinho em casa? Ou não deixa o filho dormir sem escovar os dentes uma só noite?

O lado ruim (se é que podemos chamar assim) de viver nesse ambiente de blogs maternos é que a gente sempre olha o modelo de mãe que está ao nosso lado. É quase que inevitável a comparação. Ninguém olha uma foto de uma mãe no Instagram, por exemplo, sem reparar se o cabelo está bonito, a unha bem-feita ou se tem maquiagem cobrindo as olheiras. Se, por trás da selfie com os filhos lindos, a casa estiver arrumada, então... ah! O que será que ela faz pra cuidar de tudo e ainda estar linda e saudável, meu Deus?

A sua vida é como você a faz. Com olheiras ou gritos, é assim que você vai educar seu filho. E você será o exemplo e a referência dele, trabalhando fora de casa ou dentro dela. É em você que ele pensa quando o bicho pega. É o seu carinho que ele espera antes de ir dormir. É a sua bronca que ele teme ao fugir do banho e se esparramar imundo no sofá.

E broncas e brigas são necessárias. Eu diria que são até essenciais para impor limites, para mostrar “quem manda” ou para encerrar o assunto quando o pequeno ser já está subindo nas tamancas (quem ele pensa que é?).

Aqui em casa temos um princípio. Sermos duros e firmes quando necessário, mas nunca perder o amor. Bronca é uma coisa; agressão é outra. E eu nem falo do físico. Aqui é terminantemente proibido agredir um ao outro com palavras ou ofensas.

Isso quer dizer que a conversa (ou bronca) é olho no olho (e se ele desvia o olhar, eu mando virar e olhar para mim); que o castigo existe e deve ser cumprido, portanto é melhor evitar; e que existe uma regra simples para as coisas acontecerem: primeiro a obrigação e, depois, a diversão.

E quando o filho se joga no chão pleiteando mais uma partida de Fifa 14, a frase que sai da minha boca é:

O que é obrigação, Gabriel?
Ele: Tomar banho, jantar e fazer lição.
E o que é diversão?
Ele: Jogar Fifa, ver desenho ou brincar.
Você já fez suas obrigações?
Ele (já tímido, pois sabe que está errado): Não...

E, geralmente, a conversa acaba por aí. Ele coloca um bico de 10 metros, vai pro chuveiro, depois janta. Sentamos juntinhos para fazer a lição e aí ele volta ao videogame até a hora de dormir. E... posso falar? Ao sair do banho, o bico já desapareceu! Nosso jantar é sempre engraçado e delicioso e, depois da lição, muitas vezes, não tem videogame, e sim um livro para lermos juntos ou um desenho para deitarmos agarradinhos e assistirmos.

Se é o jeito certo? Não sei. É o meu jeito e funciona aqui. Quase sempre...

Se eu sou modelo de mãe? Estou longe disso. Uso muito os princípios e valores que meus pais me ensinaram. Converso muito sobre isso, tento ver o resultado quando Gabriel vai à casa de outras pessoas e como ele se comporta. Procuro ver quantas vezes ele gargalha durante o dia (muitas) e quantas vezes ele tem uma expressão triste, de bravo ou de choro (poucas). E, assim, concluo que o meu modelo de mãe funciona aqui em casa. Porque eu crio crianças felizes!

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Nanna Pretto

Jornalista, empresária e blogueira, Nanna cresceu em Salvador e mudou para São Paulo na época da faculdade. Conheceu o marido em Londres, mas só se apaixonou por ele anos depois. Mãe de Gabriel e agora grávida de outro menino, não abre mão das meias-maratonas e de curtir a família. É autora do blog dicademae.com.

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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Muito reflexivo

Suficiente

“Imperfeições [...]
são lembretes de que estamos nessa juntos”
-Brené Brown
 
A humanidade está em julgamento. Montessori disse isso em 1936, no seu livro A Criança. A humanidade está em julgamento pelos males perpetrados contra a infância, sucintamente. E nós, adultos, estamos todos na posição de réus. A pergunta que fica é: quem nos julga? E a resposta que sobra é: A Criança. E a Criança, invariavelmente, nos declara inocentes. Se nós somos inocentes aos olhos da infância, e somos réus, o que em nós mesmos permite que nos declaremos culpados?
É verdade. O adulto oprime a criança. E por isso deve ser sumariamente condenado. É verdade, ele inibe seu desenvolvimento. Culpado de novo. É verdade também que destrói a capacidade inata da criança para amar o esforço, o trabalho e a concentração. Mais três vezes culpado. Deforma a sensação de alegria e transforma em obediência servil a bela autodisciplina infantil. Culpado ainda outras duas vezes. Construímos ambientes que fazem recuar a criança pequena. Culpados. Interrompemos todo o trabalho a que ela se dedica. Culpados. Moldamos sua rotina de acordo com nossos horários e não com o seu tempo. Culpados. Culpados. Culpados.
Entretanto a criança nos perdoa. E o que faz com que ela seja capaz de perdoar nossos erros é a mesma coisa que faz com que ela perdoe aos seus próprios e levante a cada vez que cai, até aprender a andar. É o mesmo que faz com que ela tente de novo e de novo e de novo até conquistar cada nova habilidade ao longo de seus primeiros anos de vida. Ela nos perdoa porque tem compaixão por nós. E perdoa-se porque tem compaixão por si mesma. Em outros termos: ela se perdoa e nos perdoa porque se sabe suficiente e nos sabe suficientes também.
A criança tem dentro de si os segredos para o estado de supremo equilíbrio da humanidade. E nós só muito recentemente descobrimos que a autocompaixão é um dos aspectos mais importantes para que nos sintamos bem conosco mesmos (veja aqui) e para que vivamos uma vida mais completa (veja aqui e aqui). A compaixão também é importante para o resto do mundo (veja isso aqui). É aqui que entra a pena à qual devemos nos submeter por sermos culpados por todos aqueles crimes contra a humanidade.
Ser culpado de tanto não é pouco. Não é leve. Não deixa tranquilas nossas consciências se nós realmente compreendemos o extremo a que levamos o sofrimento imenso da infância. Só há, porém, um caminho de saída: confiar na criança e observá-la, para que sejamos capazes de compreender suas necessidades, preparar o ambiente e permitir que ela seja livre nele, de forma útil e engajada.
A criança, se é deixada livre, erra. E precisa ser perdoada por seus erros. Já dissemos no Lar Montessori que se você não gritaria com um amigo por ele derrubar vinho na toalha durante a ceia de fim de ano, então você também não deve gritar com seu filho quando ele derruba o suco do almoço. Seu amigo já está no mundo há algumas dezenas de anos. Seu filho está aqui há muito menos tempo, e ainda está aprendendo. Se você não grita com o adulto, não grita com a criança. Se não bate no adulto, não bate na criança – a criança não pode se defender.
O oposto, no entanto, também é verdadeiro. Se você já está tentando construir, todos os dias, em todos os momentos de sua vida, um lar pacífico, se está partindo para uma linha de disciplina positiva, se acredita na elevação da personalidade infantil em um ambiente no qual não sofra nenhum tipo de violência… Se você acredita em tudo isso para a criança, precisa acreditar em tudo isso para o adulto. Se você acredita em uma vida sem violência para o seu filho, precisa acreditar em uma vida sem violência para você. Se você deseja que seu filho ame a si mesmo e consiga lidar com seus erros e se perdoar, você precisa desejar isso para você mesmo. Permitir isso para você mesmo, talvez seja mais adequado.
Brené Brown é uma pesquisadora que aparece de vez em quando nos textos do Lar Montessori, e não é sem mérito. Ela desenvolveu uma pesquisa realmente bela, muito bem construída, sobre vulnerabilidade e vergonha. Você pode ver a pesquisa dela em dois dos links acima (ah, sim, veja os links acima! Um é um texto curto e os outros três são vídeos nos quais você pode ativar legendas em português, e os vídeos vão realmente mudar a forma como você vê algumas coisas).
Em seu livro A Coragem de Ser Imperfeito, Brown detalha os resultados de sua pesquisa e chega a duas conclusões – entre muitas outras -, que vamos explicar de forma exageradamente sucinta em dois parágrafos cada uma.
Vivemos em uma cultura de nunca o suficiente. Tudo o que fazemos é pouco perto do que achamos que deveríamos conseguir fazer. Perto do que somos levados a acreditar que precisamos ser capazes de fazer. Nós não trabalhamos o suficiente, não ganhamos o suficiente, não ficamos tempo suficiente com nossos filhos, não nos alimentamos bem o suficiente, não economizamos o suficiente, não curtimos a vida o suficiente, não nos arriscamos o suficiente, não somos tranquilos o suficiente. A lista é infinita, e nos fere a cada dia. Nos leva o sono das noites e a tranquilidade das manhãs, repõe tudo com stress, ansiedade, medo. A insegurança resultante de não sermos o suficiente nos aterroriza tanto que precisamos vestir uma armadura contra ela. Essa armadura nos protege dos ferimentos. Mas também nos protege do amor. E essa armadura nos protege da compaixão. Vinda dos outros, para os outros, ou de nós para nós mesmos.
Essa mesma cultura faz com que desejemos que nossos filhos aprendam tudo cada vez mais cedo. Colocamo-los em escolas de esportes, artes, línguas, pouco depois de seu primeiro aniversário. Não confiamos na capacidade da criança de se desenvolver o suficiente seguindo seus impulsos interiores, nem mesmo no período logo após o nascimento. Queremos que aprendam a ler e a escrever cada vez mais cedo – e se isso não for feito com a naturalidade total do método Montessori, pode ser desagradável, forçado e cansativo, estressante e pressionador. Queremos que nossas crianças sejam melhores do que as outras. Que estejam à frente da média de desenvolvimento de sua idade. E vale perguntar: se todos nós desejamos estar à frente da média, que média sobra? Aqueles que estão na média, que aprenderam a falar, andar, comer, escrever e contar na idade média estão condenados ao fracasso? Aqueles que aprenderam antes, destinados ao sucesso? Que sucesso? Qual é o sucesso que é suficiente em nosso mundo?
A outra descoberta de Brené Brown diz que, se desejamos uma vida completa, vivida de coração inteiro, precisamos nos saber suficientes. Isso não significa, nem pode significar, autoindulgência, falsa autoestima ou narcisismo. Na verdade isso é o oposto da autoindulgência, da falsa autoestima e do narcisismo. Se somos suficientes não somos perfeitos, mas estamos tentando. Se somos suficientes não fazemos vista-grossa para nossos erros, mas os reconhecemos e nos sabemos suficientes para evitar aquele erro no futuro, e suficientes para pedir desculpas sinceras. Se somos suficientes não nos adoramos acima do resto do mundo, e nos achamos um pouquinho mais perfeitos do que os outros 6.999.999.999 de humanos. Somos iguais, mas sabemos que somos suficientes para, primeiro, estarmos na humanidade e, segundo, trabalharmos pelo seu desenvolvimento saudável, equilibrado, justo e feliz.
Todos nós, os suficientes, os insuficientes, os autoindulgentes, os narcisistas, os perfeccionistas, os que têm e os que não têm boa autoestima, todos nós erramos a valer. A diferença fundamental é que alguns de nós sentem que cometem erros e outros sentem que são erros. Se você tem filhos, sabe que em alguns momentos nós sentimos que somos erros. Mas nós não somos, e isso é muito importante. Isso é muito importante porque se formos erros não podemos fazer nada para mudar. Essa é a criança que acredita que é burra ou é desastrada. Esse é o adulto que se acredita insuficiente, incapaz, errado, torto. Por outro lado, se cometermos erros, podemos reconhece-los, podemos trabalhar sobre eles, podemos nos desligar deles, observarmos de longe, podemos compreender. Nós podemos mudar. Se nós somos erros, não temos como mudar isso. Se nós cometemos erros, podemos ser suficientes para mudar nossas atitudes, aspectos de nossas vidas ou de nossas personalidades que nos permitam cometer menos erros.
Isso vale para a criança. Isso vale para o amigo que derramou vinho em sua toalha. Isso vale para você, todos os dias de sua vida. De agora até sempre. A compaixão é o maior dom concedido à personalidade humana, ou conquistado por ela ao longo de milhões de anos de evolução. A criança é compassiva. Ela perdoa e perdoa-se. Ela permite que tentemos de novo, renova as esperanças dia após dia. Ela se permite tentar de novo, renova as próprias esperanças incessantemente. Devagar, uma respiração de cada vez, nós podemos tentar aprender.
Da próxima vez que você for dar uma bronca em sua criança, tire três segundos para uma inspiração profunda, e pense: “Ele é o suficiente”. Da próxima vez que você for dar uma bronca em você mesmo, ou em você mesma, tire cinco segundos para uma inspiração profunda, e sussurre (em voz baixa, mas com voz real): “Eu sou o suficiente”. Isso não é autoajuda barata. Em seguida, considere cada uma de suas atitudes inadequadas, comprometa-se a alterar cada uma delas.
Você, eu e todos os adultos ainda estamos no banco dos réus. Mas nossa pena não é de castigos psicológicos. Nós fomos condenados à graça de trabalhar pelo progresso da humanidade, e nos foi concedida a alegria de termos como parceiros pequenos novatos muito experientes, por mais contraditório que pareça. Nós podemos respirar profundamente agora, e reconhecermos em nós e em nossos parceiros pessoas suficientes para a jornada da vida.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Comportamento ( matéria muito interessante e extremamente reflexiva)


Por que as crianças estão cada vez mais infelizes?

Especialistas em saúde infantil chamam a atenção para uma epidemia silenciosa que afeta a saúde mental das crianças que, ainda pequenas, precisam lidar com as pressões da sociedade moderna

Natalia Cuminale (VEJA)
 
Uma em cada onze crianças com mais de oito anos de idade está infeliz, segundo um estudo divulgado em janeiro deste ano pela Children’s Society, organização centenária de proteção infantil. Apesar de a pesquisa trazer à tona uma realidade das crianças entre 8 e 16 anos do Reino Unido, especialistas brasileiros em saúde infantil afirmam que esse não é um problema exclusivo das crianças britânicas. No Brasil, a realidade é parecida. Ana Maria Escobar, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo, conduziu uma pesquisa com os pais de cerca de 900 crianças de 5 a 9 anos que estudavam em escolas particulares e estaduais.
De acordo com os resultados do estudo, os pais disseram que 22,7% das crianças apresentavam ansiedade; 25,9% tinham problemas de atenção e 21,7% problemas de comportamento. "No início do estudo, esperava encontrar queixas como asma, mas não ansiedade", diz Ana. Apenas 8% tinham problemas respiratórios e 6,9% eram portadoras de asma. O estudo foi concluído em 2005, mas Ana Maria acredita que se a pesquisa fosse feita hoje, "os níveis de ansiedade e de problemas de comportamento certamente seriam ainda mais altos."
Mais do que infelizes, as crianças brasileiras também estão ansiosas, estressadas, deprimidas e sobrecarregadas. "Elas estão desconfortáveis com a infância. Esse desconforto aparece de várias formas: como irritabilidade, desatenção, tristeza e falta de ânimo. Muitas vezes, é um comportamento incomum em relação à idade delas", diz Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Saul Cypel, membro do departamento de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria, traz dados preocupantes: "A impressão que eu tenho é a de que o número de crianças com queixas comportamentais cresceu muito nesses últimos dez anos." Neste período, segundo Cypel, houve uma transformação do perfil da clínica: se antes as queixas sobre o comportamento infantil correspondiam a 20% dos pacientes, agora são responsáveis por 85% do total de seu consultório de neurologia.
Com uma agenda recheada de atividades extracurriculares, que vão desde aulas de idiomas como inglês e mandarim até as aulas clássicas como balé e futebol, as crianças estão sem tempo para se divertir e descansar, acreditam os médicos. Segundo Cypel, a antecipação de atividades para as quais o indivíduo não está preparado pode desencadear o stress tóxico, que ocorre quando há uma estimulação constante do sistema de resposta ao stress (veja quadro abaixo), trazendo prejuízos futuros para as crianças.
"A família introduz uma série de treinamentos, atividades e línguas novas. Na medida em que a criança não consegue dar conta disso, a sensação de fracasso se torna frequente", explica Cypel. "Com o stress tóxico, ao invés de favorecer o desenvolvimento da criança, os pais acabam limitando-a e desmotivando-a." Entre as consequências diretas estão a diminuição da autoestima, alterações alimentares (excesso ou falta de apetite), problemas de sono e apatia.
No início deste ano, a Academia Americana de Pediatria lançou um documento que chama a atenção para as evidências de impactos negativos do stress tóxico, com prejuízos posteriores para a aprendizagem, comportamento, desenvolvimento físico e mental. O relatório também sugere que parte dos problemas mentais que ocorrem nos adultos devem ser vistas como transtornos de desenvolvimento que tiveram início na infância.

Ana Maria Escobar acrescenta que a exposição à realidade violenta do Brasil também pode contribuir para uma sensação de ansiedade nas crianças. "Antes, raramente uma criança ouvia falar de um ato de violência. Hoje, elas ficam mais confinadas e têm medo de assaltos e sequestros. Isso com certeza provoca maior stress e ansiedade, além de maior possibilidade de se sentir infeliz, principalmente entre aquelas que vivem nas grandes cidades brasileiras", diz..
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Sinais — O problema é agravado pelo fato de que muitos pais demoram a perceber o que se passa com seus filhos. "Eles acham que o comportamento das crianças é normal", diz Ana Maria Escobar. Além disso, a dificuldade em administrar o tempo que dedicam à vida profissional e aos filhos muitas vezes impede que os pais percebam os sinais de que algo está errado.
"Muitos pais priorizam a profissão e terceirizam a criação dos filhos. Mas é preciso se questionar: quanto tempo eu passo com meus filhos? Quem são as pessoas que estão criando eles?", afirma o psiquiatra Francisco Assumpção, da Sociedade Brasileira de Psiquiatria.
Essa é uma preocupação constante na vida da publicitária Flora*, que tem dois filhos, Cecília* e Celso*, de 7 e 9 anos, respectivamente. As crianças, que estudam em período integral na escola, têm uma rotina bastante atribulada. Celso faz aula de inglês, futebol, tênis e deve começar a aprender uma luta neste ano. Cecília também faz inglês, natação e deve começar a praticar ginástica olímpica. "Primeiro, experimentamos uma aula de inglês uma vez por semana, depois colocamos os dois em um esporte", afirma. "Tem que sentir muito como a criança está lidando com isso. Observar o comportamento para ver se ela está cansada e se o rendimento na escola começa a diminuir", diz. Flora se preocupou em contratar uma professora de inglês para que as crianças tivessem aulas em casa. Para ela, é melhor opção para evitar o stress desnecessário no trânsito.
Apesar da preocupação, Flora fez alterações na rotina de Cecília. A pequena começou a apresentar sinais de stress. Para descobrir o problema, Flora foi investigar com a filha e percebeu que a natação estava causando o problema. "Ela chorava muito e quando acordava dizia que não queria ir para a escola. Estava diferente do que ela é normalmente", disse. Flora tirou a filha da natação no ano passado, mas ela já pediu para voltar esse ano, segundo a mãe, que vai observar o desempenho da criança.
 
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Quando é depressão – De acordo com Ivete Gattás, da Unifesp, a depressão afeta 2% das crianças e até 5% dos adolescentes. Sabe-se ainda que a depressão na infância e na adolescência pode influenciar negativamente o desenvolvimento e o desempenho escolar, além de aumentar o risco de abuso de substâncias químicas e de suicídio.
Somente 50% dos adolescentes com depressão recebem o diagnóstico antes de se tornarem adultos. Gattás explica que o transtorno depressivo pode surgir a partir de vários fatores: predisposição genética e associação de fatores ambientais, que podem ser desencadeados pelo stress do dia a dia, sensação de vulnerabilidade, restrição ao desempenho da criança e sobrecarrega de atividades. (Veja a lista de sintomas). "Para caracterizar depressão, a criança deve apresentar mais de cinco sintomas, durante um mês", afirma Gattás.
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Terapia — Estudos já mostraram que a ansiedade durante a infância, se não contornada, pode se transformar em depressão durante a vida adulta. Por isso é necessário prevenir qualquer sintoma, mesmo que ele não seja o suficiente para o diagnóstico da depressão. (Veja como evitar o stress infantil.)
Carla*, de oito anos, começou a ter problemas aos cinco. Em seus desenhos, ela sempre aparecia chorando, enquanto suas amigas sorriam. “Ela é muito preocupada com a imagem que os outros têm dela. Se ela percebe que não corresponde ao que os outros esperam, ela se chateia muito”, diz a arquiteta Patrícia*, mãe de Carla.
“Tentamos conversar com ela, mas ela não revelava o que estava acontecendo. Descobri que as crianças na escola faziam um clubinho e que a Carla era sempre excluída”, diz Patrícia. O problema foi solucionado com a troca de sala. A pediatra de Carla indicou um especialista em saúde mental, para prevenir e ajudar a garota a entender a própria ansiedade. Há três anos, ela faz análise uma vez por semana. “Às vezes, ela me pergunta o que eu acho sobre determinado assunto e eu fico em dúvida sobre o que responder. E ela diz: ‘já sei, vou levar isso pra analista’”, conta a mãe.
Para Gattás, o pediatra deve ser treinado na área de saúde mental para diagnosticar problemas da infância e adolescência. “Ele acompanha a criança durante o crescimento e tem uma importância fundamental na orientação dos pais”, diz. “Se não houver uma mudança na forma como os pais lidam com seus filhos, vamos ver um aumento da frequência dos quadros psiquiátricos, mas transtornos de ansiedade e falta de perspectivas para as novas gerações”, diz Assumpção.
*Os nomes das mães e das crianças utilizados nesta reportagem foram trocados com o objetivo de preservar a privacidade dos personagens

terça-feira, 20 de maio de 2014

Dificuldade para engravidar??? Conheça alguns problemas que podem dificultar a gravidez

 Maria Laura Albuquerque
Do UOL, em São Paulo 20/05/2014

 

Sete problemas de saúde que dificultam a gravidez



Antes de um casal tentar engravidar, é importante que tanto a mulher quanto o homem passem por uma série de exames chamados pré-concepcionais.
Essas avaliações serão as responsáveis por detectar se existem problemas de saúde que possam atrapalhar os planos de gerar um filho.

Conheça a seguir os sete problemas de saúde mais comuns que atrapalham a concepção, de acordo com especialistas em reprodução.

Doenças femininas

1 – Endometriose
É caracterizada pela presença do endométrio (tecido responsável por revestir a cavidade uterina) fora do útero. "É como se se fosse uma menstruação fora do lugar", diz a ginecologista e obstetra Karen Abraão, diretora da Escola de Ciência da Saúde da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Nesse caso, a saúde das tubas é comprometida, tal como a mobilidade delas. Assim, elas não têm boa capacidade de encaminhar o óvulo até o útero.

A doença não tem cura, mas tem tratamento. Para diagnosticar o problema, pode ser realizado o exame de sangue do marcador CA-125 no início do ciclo menstrual, além de ultrassonografia e ressonância magnética. Também pode ser indicada a realização de biópsia por laparoscopia.

Dependendo da avaliação clínica, os anticoncepcionais contendo hormônios (especialmente a progesterona isoladamente) podem ser úteis para controlar e/ou regredir a endometriose e melhorar a fertilidade. Também pode ser usada a pílula de progesterona ou combinada (estrogênio mais progesterona) ou o DIU de progesterona. O DIU simples (de cobre) não funciona para essa finalidade. Além disso, existem outras medicações que podem bloquear o ciclo menstrual e induzir a um estado semelhante à menopausa para tratar a endometriose. Após algum tempo de tratamento, pode-se tentar novamente engravidar. Os tratamentos costumam durar entre três meses e um ano, variando caso a caso.
2 – Hipotireoidismo e hipertireoidismo
Ambos são disfunções da glândula chamada tireoide, responsável por controlar diversas funções no organismo humano. O hormônio estimulador da tireoide (TSH), fabricado pela hipófise (que

Exames de sangue para mensurar a quantidade de TSH e de outros hormônios relacionados à tireoide (como T4 e T3) são capazes de indicar tanto o hipo quanto o hipertireoidismo (produção pequena e excessiva, respectivamente) do TSH.
"O tratamento é simples: o uso de medicação diária, inclusive durante a gestação, para evitar o risco de abortamento", afirma Artur Dzik, presidente da SBRH (Sociedade Brasileira de Reprodução Humana) e diretor do Serviço de Esterilidade do Hospital Pérola Byington, em São Paulo.
3 – Distúrbios na hipófise
Quando as funções da hipófise estão prejudicadas, ocorre o excesso de produção de um hormônio chamado prolactina, responsável por estimular a produção do leite materno. Por conta dele, aparecem dificuldades ovulatórias, de acordo com Dzik. O tratamento pode ser feito com medicamentos ou então cirurgias, mais raras.

4 – Ovulação desregulada
"Embora menstrue mensalmente, não necessariamente a mulher ovula", declara Alexander Kopelman, ginecologista e laparoscopista do Hospital Santa Catarina, em São Paulo. Nesse caso, ela não tem chance de engravidar –e isso nada tem a ver com o uso prolongado de anticoncepcionais.

O problema aparece, geralmente, em mulheres com idade reprodutiva avançada (pois a qualidade do processo ovulatório cai, tal como a dos óvulos) e nas que apresentam ciclos menstruais muito irregulares.
Para diagnosticar o problema, a ginecologista e obstetra Karen Abraão recomenda a realização de exames de sangue que mensuram as taxas hormonais e de ultrassonografias ao longo do mês para acompanhar o percurso do óvulo até o final da ovulação. Outro exame que pode ser realizado é o do hormônio anti-mülleriano, que calcula a reserva ovariana no organismo.
No caso desse problema, uma saída é acompanhar, em casa, o andamento da ovulação. Hoje existem testes de farmácia, chamados de teste de fertilidade, capazes de detectar se aquele dia é mais ou menos favorável para a concepção.
5 – Síndrome dos ovários policísticos
Marcada pelo desenvolvimento de pequenos cistos nos ovários, impacta a regularidade da menstruação, pode provocar o aparecimento de muita acne e obesidade, além de comprometer a fertilidade. Para tratar o problema, os médicos podem optar por remédios que induzem a ovulação, inseminação artificial ou a indicação do método de coito programado, de acordo com Kopelman.

Doenças masculinas

1 - Varicocele
Caracterizada pelo aparecimento de varizes nos testículos, que surgem por causa da dilatação das veias na região, essa doença altera a produção de espermatozoides, conforme explica Kopelman.

O diagnóstico é simples. Geralmente, o próprio paciente ou o médico nota o aspecto dilatado das veias no saco escrotal. Quando comprovado que o problema é o motivo da infertilidade, é necessário fazer uma cirurgia para fazer a ligadura das veias com varizes.
2 – Sífilis e gonorreia
Essas doenças infecciosas podem causar a diminuição da mobilidade de espermatozoides, além da quantidade e da qualidade de produção. Ambas são diagnosticadas realizando exames que medem a quantidade de leucócitos no sangue. A ginecologista e obstetra Karen Abraão explica que para tratá-las são receitados antibióticos tanto para o homem quanto para a parceira.
Além desses problemas, os médicos chamam atenção para uma questão nem sempre encarada como doença: a obesidade. Seja no homem, seja na mulher, ela pode bagunçar os planos de quem planeja uma gravidez. Dzik explica que se o índice de massa corpórea (IMC) estiver acima de 30 ou 35, a capacidade ovulatória sofre, tal como a qualidade seminal.
"Além disso, é comum em obesos a diminuição da libido, que também influencia diretamente a questão da concepção", diz o profissional.

fica no cérebro), tem influência no processo de ovulação, fundamental para a concepção. Por isso, quando é secretado em menor ou maior quantidade, impacta a capacidade reprodutiva.

sábado, 3 de maio de 2014

Uma homenagem especial para uma semana especial!!!!



Escrita por - Flávia Helena


FELIZ DIA DAS MÃES
 
 
 
 

E na semana do dia das mães fica aqui minha mensagem para todas as mamães do grupo amigas ou amigas das amigas :)
 
Outro dia li uma definição sobre ser mãe que mexeu muito comigo...falava assim "Depois que um corpo comporta outro corpo,nenhum coração suporta o pouco" (Alice Ruiz)
 Aí fiquei pensando como poderia escrever algumas palavras para felicitar as mamães do meu grupo, as amigas mães, as futuras mamães, a minha mãe e a mãe do meu marido e aí veio esta inspiração:
 Ao sentirmos aquela vontade inicial de ser mãe, antes mesmo da concepção física já notamos algo mudar dentro de nós, quando descobrimos que aquela sementinha já foi plantada dentro de nós algo muito maior nos transforma praticamente de forma radical. São mudanças físicas,emocionais,sociais enfim um sentimento que vai nascendo e crescendo a cada fase da gestação, parto e nascimento, mudanças que vai nos mostrando que somos muito mais responsáveis do que imaginávamos e vai nos fazendo perceber o verdadeiro sentido da palavra "DOAR"
 DOAR -
 tempo, carinho,atenção,paciência,respeito,amor, valores...
 Em contra partida vai também nos mostrando que recebemos um presente que devemos cuidar porém não pra gente, mas para a vida e para o mundo e nosso não será!
 E por isso teremos que aprender a ensinar sem fazer por eles, a viver com eles e não por eles, a sonhar juntos em alguns momentos e por nós mesmos em outros.
 Faz parte do papel de ser mãe!!!
 Ter nossos momentos, conquistar nossos objetivos respeitando e entendendo que a nossa evolução e a de nossos filhos depende disso, também é necessário.
É o que penso quando reflito no significado da palavra mãe...
Merece ainda uma inspiração e uma palavra especial, aquelas mães que praticam um dos atos mais admiráveis que é fazer nascer um amor  que não as impede de gerar um filho não no ventre físico mais no coração e assim criar uma criança que nasceu e não recebeu por algum motivo que não me cabe julgar o carinho e a atenção da sua genitora... Estas mães de coração são iluminadas duas vezes por desejar e oferecer um amor incondicional para um ser especial seja da idade, do sexo e da cor que for, pois são uma criação divina.
 Por isso quero incluir todas as mulheres mães no verdadeiro sentido da palavra seja esta genitora do ventre ou do coração nesta homenagem de Dia das mães e dizer para cada uma de coração feliz dia em que cada uma de vocês e quero me incluir também que nos transformamos neste ser iluminado por Deus pois não tem melhor função que a de ser mãe não é mesmo???
Flávia Helena
 





sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Seja em escolas e academias, seja no horário de lazer com amigos e parentes, vale sempre ressaltar

 FONTE - INATI (INSTITUTO DE NATAÇÃO INFANTIL)
 
 
 
Saiba mais sobre segurança aquática
 
 
 
Aprenda a nadar
Aulas de natação salvam vidas. A
melhor coisa que qualquer um pode
fazer para ficar em segurança dentro
e no entorno da água é aprender a
nadar. Isto inclui adultos e crianças.
Nunca deixe crianças sozinhas
Os pais são a primeira linha de defesa
para manter as crianças seguras
na água. Nunca deixe crianças sozinhas
perto da água, nem mesmo por
um minuto. Se o seu filho está na
água, você também deve estar.
Leia todos os avisos
Siga as regras de segurança e avisos afi -
xados. Ensine às crianças que ficar seguro
dentro e no entorno da água é uma
responsabilidade pessoal - sua e deles.
Nunca nade sozinho ou em
locais sem vigilância
Ensine seus filhos a sempre nadarem
acompanhados.
Use um colete salva-vidas
Se você ou um membro da família é
um nadador com pouca habilidade
ou não sabe nadar, use um colete
salva-vidas. Não há nada do que se
envergonhar.
Procure guarda-vidas
É sempre mais seguro nadar em uma
área vigiada por guarda-vidas.
Não beba álcool
Evite bebidas alcoólicas antes ou durante
a prática da natação, canoagem
e outras atividades na água.
Nunca tome bebidas alcoólicas
enquanto supervisiona crianças
próximo à água. Ensine adolescentes
sobre o perigo de beber álcool
enquanto está praticando atividades
aquáticas.
Sufocamento
Para evitar sufocamento, nunca
mascar chiclete ou comer durante
atividades aquáticas
Evite “boias de braços”
Em locais de risco (rios,lagos, mar
e piscinas de lazer), não use boias
cheia de ar no lugar de coletes salva-
-vidas em crianças. Uso de boias
pode dar aos pais e crianças uma
falsa sensação de segurança, o que
pode aumentar o risco de afogamento.
As boias não são projetadas
para serem um dispositivo de
flutuação pessoal. As boias podem
esvaziar ou podem furar sem que se
perceba gerando uma situação de
risco.
Verifique a profundidade da
água
Antes de entrar na água verificar a profundidade.
A Cruz Vermelha recomenda
2,75 metros como a profundidade
mínima para o mergulho ou salto.
Observe o tempo
Pare de nadar em local externo, ao
primeiro sinal de chuva.
Use protetor solar
Aplique protetor solar em toda a
pele exposta, para garantir a proteção
máxima da pele. Chapéus, viseiras
e camisetas são recomendados
para evitar a superexposição.
Não corra riscos
Não se arrisque por superestimar
suas habilidades de natação.
O afogamento é a segunda causa de morte acidental de crianças com
idade entre 1 e 14 anos. Ele pode e deve ser evitado. Aprender a nadar é
uma habilidade vital para prevenir o afogamento junto com outras medidas
de segurança que todos podem tomar para fi car seguro dentro e no
entorno da água.
A natação é um dos grandes prazeres da vida. Ela oferece muita saúde e
benefícios físicos e uma grande oportunidade de socializar com a família
e amigos. Certifique-se, que você e os seus fiquem seguros na água e em volta dela, por estar conscientes de como aproveitar seus benefícios e minimizar seus riscos.