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domingo, 13 de novembro de 2011

Fimose (entenda mais sobre o assunto)

Fonte - Site Revista Sempre Materna
Projeto Sempre Materna

 Obs - Não consegui encontrar o autor da matéria, mas achei a abordagem sobre o assunto bem completa e objetiva por isso resolvi postá-la no blog!

 
Por que as crianças têm fimose?

O motivo mais comum são as assaduras (dermatites amoniacais), causando balanopostites e cicatrizes (fibrose). Como cicatrizes sempre retraem a pele, isto ajuda a deixar o anel prepucial mais estreito.

Como prevenir a Fimose?
A melhor prevenção é ensinar aos pais como realizar a higiene perineal e tratando adequadamente as dermatites amoniacais (assaduras) e as balanopostites. Além disso, sempre consultar o médico antes de qualquer procedimento.

O que é parafimose?
A parafimose é uma situação clínica decorrente de uma fimose parcial, na qual a extremidade do prepúcio forma um anel endurecido e pouco elástico, mas o suficiente para a sua retração e exposição da glande. No entanto, a pele apresenta dificuldade de retornar à condição original, ficando quase como uma “gravata apertada” circularmente no corpo do pênis. A conseqüência é o crescente inchaço da glande que piora o aperto do anel de prepúcio agravando a dor do paciente. Muitos casos se resolvem apenas com cirurgia de emergência.

O que é balanopostite?
Balanopostite é uma infecção bacteriana ou fúngica num paciente em geral com fimose acentuada. Nos casos mais graves o prepúcio fica avermelhado, quente e mesmo com secreção purulento amarelada. Os meninos sentem muita dor para urinar e acabam promovendo uma retenção urinária voluntária, ou seja, prendem a micção para não sentir dor. Muitas vezes é necessário o uso de pomadas e antibióticos, além de cuidados locais.

O que é balanite xerótica obliterante?
Trata-se de doença da camada mais profunda da pele prepucial, conhecida como derme, que se apresenta com edema, espessamento e com infiltração de linfócitos. O prepúcio distal forma uma área cicatricial esbranquiçada e é vista mais em crianças na puberdade, excepcionalmente antes dos cinco anos de idade. O tratamento é sempre cirúrgico.

O que é esmegma?
O esmegma é a secreção gordurosa e esbranquiçada que lembra o “queijo-suíço” e trata-se da descamação de células do prepúcio interno e do produto das glândulas sebosas da região coronal. Estas glândulas são pequenas pápulas ou bolhas na circunferência da glande. Muitas vezes elas formam bolsões por baixo da pele prepucial, que os pais interpretam como pus. Na verdade, elas contribuem para o deslocamento do prepúcio da glande.

O que é cirurgia de Plastibel?
Alguns cirurgiões preferem esta modalidade cirúrgica à cirurgia convencional. Este procedimento é como amarrar um fio sobre o prepúcio, uma vez protegido por um anel (similar a um carretel) que serve de apoio e fica posicionado por dentro da pele. A tensão do amarramento promove uma isquemia e ao mesmo tempo em que a pele vai ser seccionada naturalmente ela promove já a reconstituição do prepúcio interno com o externo. A grande desvantagem deste procedimento é justamente a presença de um corpo estranho no pênis por algum tempo.

Como é o tratamento cirúrgico?
A circuncisão ou postectomia é a cirurgia para a fimose. É necessário aplicar anestesia geral que dura de 30 a 40 minutos. A cirurgia é feita em regime ambulatorial, sendo que o paciente não dorme no hospital. A cirurgia consiste em retirar a pele em excesso e reconstituir a região por meio de pontos absorvíveis que não precisam ser retirados.

Como os pais podem preparar o filho para a cirurgia?
Em primeiro lugar os pais devem receber do cirurgião pediátrico orientações que lhes permitam conhecer como será realizada a cirurgia, para que eles se sintam seguros e possam transmitir esta segurança para o filho. Além disso, é importante não esconder do paciente o que será realizado, mas sem entrar em detalhes que ele não compreenda e que possam assustá-lo. Exemplo: não use a palavra "cortar" para explicar o procedimento da cirurgia. Demonstrar amor, segurança e levá-lo, se possível, a conhecer o local onde será realizada a cirurgia também auxilia no preparo pré-operatório.

Como é o pós-cirúrgico?
As crianças, se possível, são operadas numa quinta ou sexta-feira, e retornam tranqüilamente as aulas na segunda-feira, mas com a recomendação de que evitem exercícios físicos que possam traumatizar a região cirúrgica por duas a três semanas (Exemplos: jogar bola, andar de bicicleta, skate, patins, etc.).

A cirurgia tem complicações?
Todo o procedimento cirúrgico apresenta complicações relacionadas com o ato. Dentre as mais comuns citamos o sangramento, edema e dor. Trata-se, no entanto, de complicações leves que não costumam constituir problema sério. Por outro lado, é importante que o paciente esteja bem assistido por uma equipe médica de confiança.

O que é o tratamento não cirúrgico da fimose?
É baseado em pomadas e cremes com substâncias corticóides em baixas dosagens, eventualmente associados a outras substâncias que promovem a elasticidade da pele como as hialuronidases. A pomada deve ser aplicada com leve massagem, de forma que o produto ativo e não a manobra vá soltando as aderências da pele prepucial com a glande.

Quais as chances de sucesso do tratamento não cirúrgico (pomadas)?
A maioria dos trabalhos com pomadas em fimose revela resultados favoráveis de até 80-90%. No entanto, uma análise mais crítica destes resultados, mostra que estão incluídos nestas séries casos de aderência prepucial e que iriam ter melhora espontaneamente. Recentemente, foi elaborado um estudo sério, incluindo pacientes acima de três anos de idade e com fimose verdadeira com indicação de cirurgia. Os resultados preliminares deste estudo têm demonstrado eficiência parcial ou total acima de 85% com uso da pomada por oito semanas.

O tratamento é seguro?
As pomadas com corticóides são seguras, uma vez respeitada a posologia sugerida. Como o tratamento dura algumas semanas, é importante a manutenção do programa recomendado para obter os melhores resultados.

A cirurgia da fimose é sempre necessária?
A fimose pode ser tratada cirurgicamente em casos de fimose verdadeira e depois de esgotadas as chances de descolamento e retratilidade espontâneos do prepúcio, o que coincide com a retirada das fraldas por volta de três anos. Conforme vimos, apenas a minoria dos meninos terá fimose nesta idade (10%) e mesmo assim ela poderá ser tratada inicialmente com tratamento medicamentoso (pomadas), reservando-se os casos de não-resposta a este tratamento para a cirurgia.

Os filhos especiais (matéria interessante)

Fonte - Site Filhos e Cia
Ruy do Amaral Pupo Filho
Pediatra, Sanitarista e Escritor
13/10/2010

Abasteça-se com informações para compreender as necessidades e cuidados com crianças especiais.


Sim, podemos considerar que todos os filhos são especiais, por que são únicos. Afinal, uma das riquezas da espécie humana é a diversidade, como já dissemos.

Mas aqui chamaremos de filhos especiais todos aqueles que apresentam alguma condição de saúde ou social que os diferencia da maioria. São os que têm paralisia cerebral, síndromes, como a de Down, autismo, diabetes, hemofilia, atrasos de desenvolvimento… A lista é grande.

Partilhamos da idéia de que todos os seres humanos têm o mesmo valor e os mesmos direitos, incondicionalmente. E que devem ter as mesmas oportunidades de convivência na sociedade.

Maravilhoso será o dia em que as crianças especiais não necessitem mais de um capítulo próprio dentro de um livro. Isto significará que seus direitos são todos respeitados e cumpridos, e suas necessidades específicas já são atendidas integralmente.

Infelizmente, não é o que acontece nos dias de hoje. Estamos muito longe disso, e muitos livros nem sequer se lembram de que elas existem!

Assim, ao abordar aqui este tema, estou abrindo um espaço para chamar a atenção para as especificidades, as necessidades e os direitos das crianças com deficiência.

A maneira de educar estas crianças deve ser diferente das demais? Sim e não. Os princípios gerais, anteriormente descritos, se aplicam a todas elas. E devem ser seguidos, na medida do possível, respeitadas as condições individuais. Não é porque uma criança tem um determinado problema, que se deve abrir mão de educá-la. Nada de “coitadinho, deixe-o fazer o que quer…”

Por outro lado, as características de cada uma devem ser respeitadas e as necessidades especiais devem ser atendidas. Certas condições requerem cuidados específicos, como dietas, estimulações, e medicações especiais.

Existe uma “etiqueta” própria para se relacionar com crianças ou pessoas com determinados problemas. Conhecê-la é útil para qualquer pessoa.

Ao conversar com alguém que usa cadeira de rodas, procure sentar-se e manter seus olhos na mesma altura dos olhos desta pessoa. Não se apóie na cadeira, pois esta passa a “fazer parte” do corpo dela. É como se apoiar nos ombros ou costas de alguém, sem sua autorização.

Ao caminhar com uma pessoa cega, deixe que ela diga se precisa de auxílio. Caso sim, deixe que ela segure em seu braço ou cotovelo e que o siga. Não a puxe ou segure pelo braço.

Para se comunicar com um deficiente auditivo, procure falar pausadamente, colocando-se de forma que ele possa ver seu rosto e seus lábios, facilitando a comunicação. Além da linguagem de sinais, toda forma de entendimento, como gestos, escrita, etc., é válida.

Um cuidado essencial é o de tratar a criança de acordo com sua idade cronológica, mesmo que tenha algum comprometimento intelectual ou motor mais grave. Nunca subestime a capacidade de entender e sentir de qualquer pessoa, como fazem muitos. Se for um adolescente, por exemplo, trate-o como tal, nunca como uma criança. As pessoas especiais, por mais comprometidas que sejam, não são eternas crianças!

O relacionamento da criança especial com os irmãos costuma ser mais delicado. Eles podem sentir vergonha do irmão diferente, ou mesmo ciúmes, se a atenção da família for excessiva. Procure prevenir e entender esses possíveis sentimentos.

Trabalhe com a perspectiva de incluir seu filho especial na sociedade em geral, junto dos colegas de mesma idade, especiais ou não. Dê a ele a oportunidade de conviver em todas as atividades comunitárias possíveis, seja no lazer, na escola, na rua, na família, etc. Com todas as dificuldades e comprometimentos que ele possa ter. Isto é o que se chama de Inclusão.

Uma excelente fonte de ajuda, informações e suporte mútuo são as associações de pais, que reúnem aqueles que têm crianças com condições semelhantes. Quanto mais os pais participarem, mais as entidades ficarão fortalecidas e aptas a cumprirem seu papel na defesa dos direitos e dos interesses destas crianças.