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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Fazer xixi na cama é normal até os cinco anos; ajude seu filho a superar essa fase



FONTE - Do UOL, em São Paulo 
POR - Gabriela Horta*

Se o seu filho tem até cinco anos e ainda faz xixi na cama à noite, saiba que se trata de um acontecimento considerado normal pelos médicos e contornável de forma simples na maioria dos casos. "Antes dessa idade, o controle miccional da criança ainda não é completo. Ele ainda está amadurecendo. Por isso, é comum que isso aconteça", afirma a nefrologista pediátrica Maria Cristina Andrade, uma das autoras do livro "Nefrologia para Pediatras" (Editora Atheneu).

Os dados comprovam: de 15% a 20% das crianças nessa faixa etária molham a cama, segundo a ICCS (International Children’s Continence Society), entidade americana voltada ao estudo do tema. No entanto, a taxa anual de cura espontânea para a enurese –termo científico usado para dar nome à perda involuntária de urina à noite– é de aproximadamente 14%. O controle dos esfíncteres (músculos anulares que servem para abrir e apertar ductos, canais ou aberturas do corpo), entre os quais os da bexiga, faz parte do aprendizado da criança, sendo um marco em seu desenvolvimento.

Se a condição persistir depois dos cinco anos, atenção: o ideal é procurar um especialista para investigar os motivos e descobrir se eles estão ligados a alguma questão fisiológica ou não. "Geralmente, a mãe não relata o problema no consultório porque tem vergonha. Acha que só o filho dela passa por aquilo", diz o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, autor do Blog do Pediatra. De acordo com Barros, os pais tendem a levar o filho ao médico só quando a enurese vira um problema social, ou seja, quando a própria criança se incomoda de não poder dormir na casa de um amigo e passar vergonha.

Causas e tratamentos
 
Mas o que leva a criança a urinar na cama sem perceber quando já foi descartada a existência de doenças relacionadas? "O fator genético é um dos pontos importantes", declara Maria Cristina. "Se um dos pais teve o problema, o risco de a criança também apresentá-lo é de cerca de 45%. Se pai e mãe tiveram, o risco aumenta para 75%".


Além da hereditariedade, o urologista pediátrico Lionel Leitzke, coordenador do Centro Interprofissional de Enurese e Distúrbios das Eliminações do Hospital Presidente Vargas, em Porto Alegre (RS), afirma que o problema tem três causas principais: dificuldade de acordar quando a bexiga está totalmente cheia, alta produção de urina à noite  –que acontece pela deficiência na produção de hormônio antidiurético durante o período do sono– e bexiga com capacidade reduzida de armazenamento. "Nesse último caso, é possível que a criança também tenha incontinência durante o dia", diz o especialista.

Para as duas últimas situações há medicamentos específicos para tratamento. Já para a dificuldade em despertar, a chamada terapia do alarme é um dos recursos frequentemente indicados e é oferecida gratuitamente em cidades brasileiras como Porto Alegre (RS), São Paulo (SP) e Salvador (BA), lugares que contam com centros de atenção à disfunção.

De acordo com Leitzke, na terapia do alarme, um sensor –capaz de detectar a presença de líquido– é colocado próximo ao pênis do menino ou da uretra da menina na hora de dormir. Quando a criança urina, um alarme soa para acordá-la. "Ela deve, então, ir ao banheiro para terminar de fazer xixi", explica o urologista.

O primeiro passo para um tratamento eficaz é procurar ajuda rapidamente e nunca punir a criança, afirma a nefrologista Maria Cristina. "A criança se sente culpada pela situação. Ela pensa ‘todo mundo consegue controlar o xixi, menos eu’”, fala Leitzke.

Estratégias para lidar com o xixi na cama:

- Não critique nem faça brincadeiras por seu filho urinar na cama. Também não o puna por isso;
- Beber muita água durante a manhã e à tarde é tão importante quanto não beber água perto da hora de dormir. Dê bastante líquido para o seu filho durante o dia.  De noite, ele estará bem hidratado, satisfeito e não precisará ingerir tanta água;

- Treine a criança para fazer xixi de duas em duas horas. Avise a escola que será preciso permitir que ela saia da classe periodicamente para ir ao banheiro;

 
- Aproximadamente três horas antes de dormir, evite alimentos e bebidas que estimulam a contração da bexiga, como café, refrigerante de cola, chocolate e leite;

- Mais importante do que acordar a criança várias vezes durante a noite para urinar, como sugerem alguns tratamentos, é deixar que ela tenha consciência do que acontece quando ela urina na cama. Ela vai acordar toda molhada, terá de ir ao banheiro para terminar de fazer xixi, trocar de roupa, ajudar a trocar a roupa de cama e, então, voltar a dormir.

- Evite levar seu filho para dormir com você depois que ele fizer xixi na cama, pois isso pode funcionar como uma recompensa e acabar por condicioná-lo da forma errada. Ele entenderá que toda vez que fizer xixi na cama poderá ir para a sua.

 
A motivação de toda a família é essencial para o sucesso de qualquer tratamento de enurese. "O envolvimento dos pais é tão importante quanto o empenho da criança. Respeite seu filho, converse abertamente com ele sobre o problema, comemore as conquistas na evolução, quando ele consegue ficar seco durante toda a noite, e tenha paciência, pois todo aprendizado leva tempo", afirma Sylvio Renan Monteiro de Barros.

*Colaborou Fernanda Alteff

domingo, 4 de novembro de 2012

Os cinco sentidos do bebê logo que nasce, entenda como eles funcionam

Fonte - Site Guia do Bebê Uol
Por - Paula R. F. Dabus

Embora alguns dos sentidos ainda não estejam completamente desenvolvidos, já é possível desde o nascimento estimulá-los e utilizá-los para acalmar e passar segurança ao bebê.





Logo no seu nascimento, o bebê dispõe dos cinco sentidos básicos, que são desenvolvidos já no sétimo mês de útero e, que desde cedo, começam a ser apurados. E ao nascer, ele recebe e responde constantemente aos estímulos do ambiente. Porém, alguns destes cinco sentidos precisam de tempo para serem desenvolvidos.

Visão - Por estar acostumado ao ambiente intra-uterino escuro o bebê apresenta um reflexo de fechar os olhos com força contra a luz forte. Quando vocês estiverem em um ambiente mais escuro do que a sala de parto, perceba que ele analisará tudo com os olhos arregalados. Embora com sistema visual imaturo, um recém-nascido enxerga bem a uma distância de 12 cm a 30 cm. É normal que, em seu nascimento, o bebê tenha os olhos inchados e vermelhos por causa das contrações do parto. Após alguns dias, seu rosto fica normal e começa a focar coisas, mesmo enxergando apenas o que está próximo do seu nariz, a aproximadamente vinte centímetros.

Audição - O bebê, durante o último trimestre de gestação, já ouve a voz abafada da mãe tão bem quanto os sons dos batimentos cardíacos, respiração e digestão. É possível observar que ele escuta, seletivamente, as vozes mais altas e na medida em que começa a ganhar mais controle dos movimentos da cabeça, fica evidente que ele, não apenas consegue ouvir, como também pode determinar exatamente o local de onde o som está vindo. Pressionando a cabeça do bebê contra o peito da mãe, ele encontrará sons familiares confortantes e, muitas vezes, adormecerá na posição em que está. Sons altos e agudos, geralmente, incomodam os bebês, já sons baixos e rítmicos acalmam. Por outro lado, caixinhas de música, brinquedos que emitem sons agradáveis e música baixa estimulam a audição além de gostar de ouvir a mãe cantando e falando com ele.

Olfato e Paladar - O Olfato e paladar são sentidos que acompanham os bebês desde o parto. Ao nascerem, eles já demonstram que distinguem os odores afastando-se de perfumes desagradáveis. Além disso, o filho aprende rapidamente a reconhecer os perfumes familiares, em especial o da mãe. Isso demonstra claramente a relação que se estabelece entre mãe e filho, principalmente pelo fato da amamentação. Já pela gustação, mesmo os bebês não possuindo botões gustativos totalmente maduros, eles podes diferenciar o doce do azedo e preferir o primeiro.

Toque - O toque é o um dos meios mais importantes de comunicação com o bebê, sendo toques suaves e movimentos rítmicos, justamente por que, ainda no útero, se acostumou a ser embalado pelos movimentos da mãe e, depois do nascimento, esse mesmo balanço o conforta. Um recém-nascido inquieto se acalma, normalmente, quando colocado junto ao corpo e balançado lentamente. E vale lembrar que, mesmo atividades rotineiras como alimentá-lo, dar banho, trocar a roupa e fralda, segurá-lo e andar com ele nos braços estimulam o sentido de toque e o movimento do bebê.