Minha escolha, minha profissão

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terça-feira, 16 de abril de 2013

Matéria que interessa nós profissionais da área e aos pais que acreditam em nosso trabalho!!!!



 
ATIVIDADES AQUÁTICAS COM SEGURANÇA

CAUSAS DA MORTE

Crianças de 1 a 4 anos • Fonte: Ministério da Saúde/2004 colocação causa número

1º. Afogamentos 533

2º. Atropelamentos 290

3º. Demais lesões 146

4º. Queimaduras 143

5º. Sufocação 128

6º. Quedas 96

7º. Choque elétrico 69

8º. Envenenamentos 36

9º. Plantas e animais venenosos 21

10º. Ciclistas 10

11º. Acidentes com armas de fogo 10

12º. Mordedura de animais 02

TOTAL - 1.745

CAUSAS DA MORTE

Crianças de 5 a 9 anos • Fonte: Ministério da Saúde/2004 colocação causa número

1º. Atropelamentos 499

2º. Afogamentos 426

3º. Acidentes de carro 352

4º. Demais lesões 132

5º. Quedas 84

6º. Queimaduras 48

7º. Choque elétrico 42

8º. Ciclistas 38

9º. Sufocação 38

10º. Plantas e animais venenosos 22

11º. Acidentes com armas de fogo 18

12º. Envenenamentos 12

13º. Mordedura de animais 03

TOTAL - 1.714

 

POR PROF. WILLIAM URIZZI DE LIMA*

Ultimamente temos acompanhado pela imprensa vários casos de afogamentos no Brasil e o que tem chamado mais atenção é a maneira e a sucessão das ocorrências que não são novidades

AS TABELAS ACIMA DEMONSTRAM AS CAUSAS DA MORTE EM CRIANÇAS

DE 1 A 4 ANOS E DE 5 A 9 ANOS:

• destaque

A relação do ser humano com a água nos remete à Antiguidade, seja pela sobrevivência – alimentação, fuga dos animais – ou como arte guerreira. Na Grécia Antiga uma Lei do Parlamento de 689, dizia:

“Todo cidadão educado deve saber nadar”. A partir do século XVI várias regiões da Europa

levaram a sério a relação do homem com a água, criando métodos e estratégias de

aprendizagem da natação, através de cartilhas.

Em 1538 foi publicado o primeiro manual de Natação, intitulado “Colymbetes”, de

autoria do humanista Nicholas Wynman. Todavia, a sua intenção estava mais relacionada

com a ideia de evitar o perigo de afogamento do que com a aprendizagem da Natação

como forma de Educação Física.

Segundo o Journal of Indian Academy of Pediatrics, a situação atual do afogamento na

infância é a 1ª causa morte no Brasil, Austrália,Índia e diversos estados americanos e 2ª

causa morte por acidentes no mundo. E, de acordo com o Journal of Trauma, os afogamentos

ocorrem devido a três fatores: falso senso de segurança, brincadeiras próximas ao meio líquido e a falta da vestimenta apropriada para a água.

Um dos exemplos do falso senso de segurança é o indivíduo que não nada, flutuar ou deslocar-se com materiais, tais como, flutuadores e boias de braço. Isso não significa segurança e o mesmo não deveria ficar sozinho.

Foto: Thinkstock

REVISTA CREF4/SP • Nº 36 • FEVEREIRO 2013 • ANO XIV 13

DIVISÃO DE NÍVEIS E ALUNOS X PROFESSOR DESENVOLVIDA PELA

METODOLOGIA GUSTAVO BORGES

Níveis pedagógicos

Número de alunos x professor Idades

Espaço físico pedagógico

Cores dos níveis

Bebê I até 10* Entre 06 a 12 meses 10 m² Amarelo

Bebê II até 10* Entre 13 a 24 meses 10 m² Amarelo

Bebê III 04 Entre 25 a 36 meses 5 m² Amarelo

Adaptação 05 A partir 03 anos 5 m² Verde

Iniciação 06 A partir dos 04 anos 10 x 4 m Vermelho

Aperfeiçoamento 1 08 A partir dos 06 anos 15 x 4 m Azul claro

Aperfeiçoamento 2 10 A partir dos 07 anos 25 m ou Piscina inteira Azul escuro

Aperfeiçoamento 3 10 A partir dos 06 anos 25 m ou Piscina inteira Laranja

*Com acompanhantes

• destaque

Mas, muitos pais preocupados com a churrasqueira deixam seus filhos com flutuadores sozinhos na piscina, acreditando que estão em segurança. O fato é que o crescimento do número de residências com piscinas tem aumentado a causa da morte por afogamento.

Diante dos fatos chegamos à conclusão da importância de aprender a nadar, não necessariamente com o objetivo de aprender os quatro nados competitivos, crawl, costas,

peito e borboleta, mas principalmente no aprendizado da autonomia aquática ou na autos-

sufi ciência onde o indivíduo aprenderá a autopropulsão; as mudanças de direção autonômicas; trocas respiratórias conscientes; domínio total e profundo da apneia; a  

flutuação em decúbito dorsal prolongada; o domínio do corpo em situações adversas e o respeito ao perigo.

Ao ingressar num curso de atividades aquáticas o aluno ou os pais deverão analisar e observar os conceitos pedagógicos, os objetivos, a metodologia e o corpo docente da instituição, como ocorrem nas observações das escolas nos níveis maternal, fundamental e médio.

A natação formativa insere-se no conceito escola. Sendo assim, podemos encontrar uma entidade que desenvolve somente a natação denominada de escola de natação ou a escola de natação inserida no conceito academia, reunindo várias atividades físicas. Porém, o foco não se altera, sendo mantido o conceito escola, com os seus níveis ou séries pedagógicas, número de alunos por níveis e por professor.

Ciente disto, as escolas de natação deveriam tomar determinados cuidados como o desenvolvimento e avaliação constante da metodologia, os conceitos pedagógicos e a relação do número de alunos x professor x idades x espaço. Como, por exemplo, a divisão de níveis e alunos x professor desenvolvida pela Metodologia Gustavo Borges desde 2005 sob a minha supervisão pedagógica.

A determinação do espaço físico pedagógico tem dois objetivos: diminuir o risco do aluno sair do raio de observação do professor, segurança aquática e facilitar o aprendizado, diminuindo o cansaço através de pequenas distâncias.

Para minimizar riscos durante as aulas e nos ambientes aquáticos alguns cuidados deverão ser tomados:

a) Aulas:

1. Dividir as turmas relacionando as habilidades motoras, autonomia na água e a

idade.

2. Profissionais capacitados.

3. Aprendizagem de técnicas de autossalvamento no meio aquático.

4. Elevação dos níveis da água na piscina – locais rasos.

5. Aprender a utilização de materiais flutuantes como coletes, geralmente encontrados nas embarcações de turismo.

b) Ambientes Aquáticos:

1. Programas educativos para a comunidade.

2. Redes de segurança ao redor da piscina.

3. Maior supervisão dos adultos.

Durante as aulas, o Profissional de Educação Física, especializado em natação, deverá demonstrar conhecimentos sobre salvamento e socorros de urgência, e nos locais aquáticos, onde não são realizadas aulas, deverão ter Salva-vidas.

Segundo o Art. 5º da regulamentação da profissão de Salva-vidas é obrigatória a presença de 2 (dois) Salva-vidas para cada 300 m² de superfície aquática durante os horários de uso de piscinas públicas e coletivas, assim entendidas as utilizadas em clubes, condomínios, escolas, associações, hotéis e parques públicos e privados.

Diante dos relatos aqui apresentados, deveria ser de responsabilidade das faculdades de Educação Física a formação do Profissional de Educação Física, especializado em natação, incluindo nos programas as disciplinas aquáticas. A ideia da ausência ou carga horária baixa da disciplina aquática nas faculdades parte do princípio errôneo de que as escolas públicas não possuem piscinas. Pensando assim, excluem as escolas de natação ou centros esportivos da prefeitura – cidade de São Paulo – localizados no próprio bairro, onde poderiam ser realizados programas governamentais de aprendizagem da natação – sobrevivência aquática – para a população na idade dos 6 e 7 anos, como os realizados na maioria dos países europeus. E, ignoram que o Brasilapresenta um rico ambiente geográfico aquático com rios, represas, lagos e mar.

Com o objetivo da melhor preparação e melhor visão da sobrevivência aquática do acadêmico de Educação Física é importante que o professor das disciplinas aquáticas inclua no conteúdo programas de segurança, cuidados preventivos e salvamento.

Mesmo que o acadêmico não tenha interesse pelas atividades aquáticas provavelmente, durante a sua vida profissional, estará diante de situações de risco com os seus alunos, geralmente encontradas nos ambientes aquáticos em viagens, excursões e festas de formatura.

*Prof. William Urizzi de Lima, é Profi ssional de Educação Física (CREF 000023-G/SP),Psicólogo Clínico (CRP06775-SP), Professor das disciplinas aquáticas da FMU (SP), Coordenador e professor do Curso de Pós-graduação de Natação e Atividades Aquáticas da FMU e Universidade Gama Filho, Professor convidado dos cursos de Pós-graduação do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Supervisor Pedagógico da Metodologia Gustavo Borges da Natação Formativa, Proprietário e Coordenador Pedagógico da Dolphins Academia (SP). Foi Técnico da Seleção Brasileira de Natação (1977 a 2001).É Conselheiro do CREF4/SP.

 

 

 

 
 

 

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